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Jornal SBC 117 | Abril 2012
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ESQUINA CIENTÍFICA
Aterosclerose
FDA acrescenta alerta à prescrição de estatinas
O Food and Drug Administration (FDA) acrescentou alerta à prescrição de estatinas que inclui eliminação da necessidade de monitoramento de rotina da função hepática,
e a adição de informação sobre os potenciais e, em geral, não sérios eventos adversos de perda cognitiva reversível e de aumentos de hemoglobina glicada, observados
com esses fármacos. O risco ligeiramente aumentado de diabetes com o uso de estatinas é considerado baixo em relação à redução de eventos coronarianos, e deve ser
observado quando da realização dos exames de segurança, mantendo-se a prescrição de estatinas. O FDA salienta que os benefícios da classe em muito superam os riscos
na maioria dos pacientes e recomenda a solicitação de testes de função hepática antes de iniciar a terapia com estatinas e sempre que houver indicação ao longo do
tratamento.
Fonte:
Food and Drug Administration
Referência:
FDA Drug Safety Communication: Important safety label changes to cholesterol-lowering statin drugs. February 28, 2012. Disponível em: http://www.fda.gov/
Drugs/DrugSafety/ucm293101.htm
Maria Cristina de Oliveira Izar
Diretora Adjunta Científica do Departamento de Aterosclerose Biênio 2012-2013
Luís Beck | Co-editor
luisbeck@cardiol.br
Insuficiência Cardíaca
Melhor sobrevida na insuficiência cardíaca relacionada ao sexo feminino
O estudo conhecido como
MAGGIC
, que avaliou 31 estudos (28.052 homens; 13.897 mulheres), demonstrou taxa de óbito de 25% para mulheres e 26% para homens
durante três anos de seguimento (taxa de mortalidade: 137 óbitos por 1000 homens/ano; 135 óbitos por 100 mulheres/ano). O melhor prognóstico no sexo feminino foi
acentuado na etiologia não isquêmica e na ausência do diabetes, independentemente da idade e da fração de ejeção.
A melhor sobrevida inerente ao sexo feminino pode ser explicada pelo menor remodelamento ventricular, maior preservação da função ventricular direita, proteção contra
arritmias ventriculares, ativação neuro-hormonal, mutações genéticas e apoptose. Algumas dessas vantagens poderiam estar relacionadas à gravidez e às diferenças sexo-
específica na expressão gênica.
Fonte:
Eur J Heart Fail
Referência:
Martinez Selles M, Doughty RN, Poppe K, et al. Gender and survival in patients with heart failure: interactions with diabetes and aetiology. Results from the
MAGGIC individual patient meta-analysis. Eur J Heart Fail 2012; doi:10.1093/eurjhf/hfs026
Sabrina Bernardez Pereira
Membro DEIC jovem
Arritmias Cardíacas
Nova técnica de ablação
Neste trabalho com novas técnicas para a ablação foram determinadas áreas de cicatriz no miocárdio e tecido íntegro no sou interior que poderia ocasionar reentrada. A
arritmia foi eliminada em todos os pacientes, resultados animadores, já que nesses casos a ablação pode ser ruim utilizando técnicas atuais.
Fonte:
Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology.
Referência:
A. Berruezo et al. Combined Endocardial and Epicardial Catheter Ablation in Arrhythmogenic Right Ventricular Dysplasia Incorporating Scar Dechanneling
Technique. Circ Arrhythm Electrophysiol. 2012; 5: 111-121.
Márcio Figueiredo
Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac)