Jornal SBC 136 | Novembro 2013 - page VIII

Jornal SBC 136 | Novembro 2013
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SBC inicia capacitação de 200 agentes
indicados pela CNBB
PREVENÇÃO
Programa de qualificação prevê a disseminação para outros 140mil agentes que vão promover qualidade de
vida nas paróquias de todo o Brasil
A Diretoria de Promoção da Saúde Cardiovascular
começou o ambicioso projeto para levar informações
de prevenção aos fatores de risco cardiovascular às 15
mil paróquias da Igreja Católica, espalhadas por todo
o Brasil.
O Programa Nacional de Qualificação do Agente da
Pastoral da Saúde sobre Fatores de Risco para Doenças
Cardiovasculares é uma parceria entre a SBC e a
CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Iniciado no começo de outubro com uma série
de palestras, o Programa fez parte da Assembleia
Extraordinária da Pastoral da Saúde. “Os agentes
capacitados vindos de todo o país serão multiplicadores
de informações para que sejam reproduzidas aos outros
140 mil agentes locais, que atuam nas paróquias”,
explica o diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular
da SBC, Carlos Alberto Machado.
Cartilha
“Agente de Fé e de Coração”
Além do treinamento, os agentes receberam as
cartilhas educativas “Agente de Fé e de Coração”, que
trazem as informações essenciais sobre: fatores de
risco modificáveis e não modificáveis; prevenção;
informações sobre as doenças cardiovasculares; e
páginas inteiras explicando o que é, como evitar e
os riscos da hipertensão, do colesterol elevado e do
tabagismo. A cartilha ainda tem um breve dicionário do
coração com a explicação a respeito de palavras muito
utilizadas, como AVC, artéria, ateroma, hereditariedade,
entre outras.
Palestras
Diversificadas e multiprofissionais
A capacitação, que durou um dia inteiro, foi aberta por
Carlos Alberto Machado e pelo coordenador Nacional
da Pastoral da Saúde da CNBB, Sebastião Venâncio.
Depois seguiram-se palestras das nutricionistas Danielle
Andrade e Adriana Ávila; do educador físico do Agita
São Paulo, Mário Bracco, Márcia Nery da Faculdade
de Medicina da USP, e representando a SBC, Marcio
Gonçalves de Sousa (Comitê de Controle do Tabaco),
Carla Lantieri (Comitê da Criança), Raul Dias dos Santos
(Departamento de Aterosclerose) e Rui Ramos da
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
Hotsite
Todas as informações sobre Programa Nacional de
Qualificação do Agente da Pastoral da Saúde sobre
Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares podem
ser obtidas em um link dentro do portal da SBC, basta
acessar:
.
Marcio Gonçalves de Sousa do Comitê de Controle do
Tabaco durante capacitação
(Da esq.) Sebastião Venâncio da CNBB e Carlos Alberto
Machado com a cartilha distribuída
DEFESA PROFISSIONAL
O
sistema
de
saúde
americano era resultado de
uma política implementada
desde 1995 pelo presidente
democrata Lyndon Johnson,
baseado no Medicaid e no
Medicare. O Medicaid é
um programa federal para
pessoas de baixa renda,
carentes financeiramente,
criado pelo governo federal
e administrado de maneira
diferente em cada um
dos 50 estados, incluindo
pessoas com mais de 65
anos. Esse programa oferece internação e ambulatório,
mas não cobre medicamentos e óculos. Já o Medicare
foi criado para lidar com os altos custos médicos que
os cidadãos idosos enfrentam, em relação aos demais
habitantes, em razão de seu reduzido poder aquisitivo.
No entanto, a elegibilidade para o Medicare não está
vinculada à necessidade individual. Pelo contrário, é
um programa de direito, e cada um, ou o cônjuge, tem
direito a ele em razão de pagamento feito por meio de
impostos da Previdência.
Embora se possa ​qualificar-se e receber a cobertura do
Medicare e do Medicaid, deve-se atender os requisitos
de elegibilidade separados para cada programa.
Elegíveis para um programa não necessariamente o são
para o outro.
O presidente norte-americano Barack Obama conseguiu
aprovar um plano de reforma da saúde na Suprema Corte
do país: a Lei de Proteção ao Paciente e Serviços de Saúde
Acessíveis(“ThePatientProtectionandAffordableCareAct”,
em inglês), também conhecida como Obamacare, que cria
um sistema universal de saúde nos Estados Unidos e está
prevista para ter início em 2014. Basicamente, a reforma
estabelece que todo mundo que vive nos Estados Unidos
está obrigado a ter um seguro de saúde – quem não tiver,
terádepagarumataxa(chamadade“imposto”pelotextoda
nova lei). As pessoas com renda familiar mensal abaixo de
R$2.390 terãoumaajudaparcial dogovernoparaos custos.
Calcula-se que o plano vá incluir no sistema 30 milhões de
americanos que não tinhamnenhuma cobertura de saúde.
A ideia é universalizar essa cobertura e também incentivar
a criação de ummercado de seguradoras.
Diferentemente do Brasil, os Estados Unidos não têm
um sistema público e universal como o Sistema Único
de Saúde (SUS), criado a partir do texto da Constituição
brasileira de 1988, que define a saúde como “direito de
todos e dever do Estado”. A reforma de saúde não vai
criar um sistema público igual ao brasileiro, mas tornará
o acesso à assistência médica no país um pouco mais
igualitário. O SUS é considerado um exemplo no mundo
inteiro. É claro que há muitos problemas, mas ele de fato
acaba por atender todo mundo.
José Xavier de Melo Filho
Diretor de Qualidade
Assistencial da SBC
Sistema de Saúde Americano
Fotos:
Divulgação SBC
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