Jornal SBC 135 | Novembro 2013
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DIRETORIA
Após apresentação do presidente da SBC, Jadelson Andrade, emBuenos Aires, a assembleia decidiu por São
Paulo como sede do Congresso da Sociedade Interamericana de Cardiologia em2017
São Paulo sediará o Congresso da SIAC de 2017
A presidente da Sociedade Interamericana de
Cardiologia (SIAC), Márcia Barbosa, anunciou durante
o XXIV Congresso da SIAC, em Buenos Aires, que o
Brasil foi o país escolhido para sediar o evento de 2017,
informando que “a cidade de São Paulo foi vencedora
com larga margem em relação as demais concorrentes,
após uma brilhante apresentação do presidente da SBC,
Jadelson Andrade, na assembleia da SIAC”.
Márcia Barbosa conta que na assembleia estavam
presentes 21 dos 23 presidentes de Sociedades
de Cardiologia das Américas, entre os quais os
presidentes de American College of Cardiology
(ACC), American Heart Association (AHA), Sociedade
Canadense de Cardiologia e Sociedade Mexicana
de Cardiologia, o que torna a vitória do Brasil ainda
mais significativa.
A vitória do Brasil se consolidou quando foram
apresentadas pelo presidente da SBC as informações
sobre a capacidade logística do
staff
da SBC, o sucesso
dos últimos eventos nacionais e internacionais
realizados pela SBC, com destaque para o
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o
Congresso da SBC, a II edição do Simposio
Valentin Fuster e a III edição Congresso Brasil Prevent
e I Latin American Prevent, aliados à infraestrutura
atual da SBC e ao porte da cidade de São Paulo, não
apenas em relação a opções de centros de convenção,
como também de hotéis das mais variadas categorias,
restaurantes e atrações turísticas, o que tem
proporcionado eventos de qualidade internacional e
com expressivo suporte da indústria farmacêutica e
de equipamentos.
Na cerimônia de abertura do congresso, em Buenos
Aires, a presidente da SIAC, Márcia Barbosa, conferiu
ao presidente da SBC, Jadelson Andrade, o título de
fellow
da Sociedade Interamericana de Cardiologia.
Jadelson Andrade, presidente da SBC, recebe o título
do
fellow
da SIAC
Foto: Arquivo pessoal/Jadelson Andrade
Pesquisa da Unifesp leva prêmio de melhor
trabalho em revista científica
Premiação de Ronaldo Peixoto deMello foi durante o Congresso da
Sociedade Interamericana de Cardiologia, emBuenos Aires
O cardiologista mato-grossense Ronaldo Peixoto de
Mello, de Cuiabá, foi escolhido num concurso que
avaliou os melhores trabalhos científicos publicados
em todas as revistas de Cardiologia da América Latina.
O julgamento foi feito por sete especialistas latino-
americanos e um da Espanha e o vencedor recebeu
US$ 1.500,00 oferecidos pela SIAC e pela Sociedade de
Cardiologia da Espanha.
O trabalho “Delayed Enhancement Cardiac Magnetic
Ressonance Imaging can Identify the Risk for
Ventricular Tachycardia in Chagas’ cardiomyopathy”
foi a tese de doutorado de Ronaldo Mello que, após
treinamento em eletrofisiologia na Universidade
Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina,
desenvolveu essa pesquisa sob orientação do
professor Angelo AmatoVincenzo de Paola, presidente
eleito da SBC, e foi publicada nos
Arquivos Brasileiros
de Cardiologia
. Assinam o trabalho, além de Ronaldo
Mello, Gilberto Szarf, Paulo Roberto Schvartzman,
Edson Minoru Nakano, Mariano Martinez Espinosa,
Denis Szejnfeld, Veronia Fernandes, João A.C. Lima,
Claudio Cirenza e Angelo Amato Vincenzo de Paola.
Formação de Qualidade
Também entre pesquisadores independentes
Angelo Amato Vincenzo de Paola diz que o prêmio
confirmou sua expectativa, porque a revista da SBC é
a revista cardiológica de maior impacto da América
Latina. A pesquisa original brasileira tem crescido muito
ultimamente e ele lembra que o tema do estudo é
importante, já que a doença de Chagas, anteriormente
restrita ao continente, tornou-se hoje um problema
em praticamente todos os países, em decorrência da
migração de latino-americanos contaminados que
atualmente vivem nos Estados Unidos e na Europa.
Ressaltou também a importância das instituições
universitárias como a Escola Paulista de Medicina
que, além do treinamento formal em eletrofisiologia,
possibilita a formação de pesquisadores independentes.
“Eles são capacitados para oferecer assistência com alta
tecnologia, contribuem para a produção de pesquisa em
vários centros do país”, explica.
“Utilizar todos os esforços e estratégias para formar
e oferecer um médico bem qualificado para servir os
pacientes de todas as classes sociais e de todas as regiões
do Brasil deve ser a missão de instituições cidadãs,
sejam elas sociedades de especialidade como a SBC,
universidades, instituições de ensino e, principalmente,
dos nossos dirigentes governamentais, que necessitam
rever políticas atuais que podem comprometer, de forma
irreversível, a qualidade da nossaMedicina”, conclui Angelo
de Paola.
Premiado
“Ser reconhecido pelos pares é a maior recompensa”
O premiado Ronaldo Peixoto de Mello recebeu a notícia
lembrando que o caminho árduo em várias instituições
na graduação (Universidade Federal de Mato Grosso),
Residência (Instituto Dante Pazzanese), Especialização
e Pós-graduação (Escola Paulista de Medicina –
UNIFESP), exige um grande amor pela medicina.
Refere que conseguir oferecer para os pacientes
uma medicina de alta qualidade e ser reconhecido
pelos pares é a maior recompensa. “Nesses critérios
eu me sinto recompensado”, conclui Ronaldo, para
quem foi também uma imensa surpresa a premiação,
pois não fora informado de que seu trabalho
estava concorrendo.
O editor dos
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
, Luiz
Felipe Moreira, conta que entre os melhores artigos
publicados em 2012, não teve dúvidas em inscrever
o artigo de Ronaldo Mello, e escreveu que agradece
a contribuição para que os Arquivos mantenham
um patamar semelhante ao de outros periódicos
internacionais indexados. Também a presidente da
Sociedade Interamericana de Cardiologia, a brasileira
Márcia Barbosa, disse que é gratificante premiar
um brasileiro num concurso tão importante, o que
honra a pesquisa nacional. O prêmio foi anunciado
durante a cerimônia de encerramento do XXIV
Congresso Interamericano de Cardiologia, no Centro
de Convenciones La Rural, em Buenos Aires.
Utilizar todos os esforços
e estratégias para formar
e oferecer ummédico bem
qualificado para servir os
pacientes de todas as classes
sociais e de todas as regiões
do Brasil, deve ser a missão de
instituições cidadãs
