Jornal SBC 153 · Abril · 2015
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Mercado de R$ 4 bilhões
O presidente da SBC destacou que a entidade
representa 14 mil cardiologistas e promove muitas
ações para a educação médica continuada. “A
estrutura científica da SBC é departamentalizada e
cada subespecialidade estuda uma área específica
da Cardiologia. Nós investimos o máximo na
educaçãocontinuada,na formaçãoenareciclagem.
Com a telemedicina conseguimos fazer cursos a
distância, cursos de Treinamento em Emergências
Cardiovasculares com tecnologia nacional, temos
uma revista científica de excelência, além de
Registros Cardiovasculares com dados brasileiros”,
informou aos parlamentares presentes.
Angelo de Paola apresentou números sobre o
mercado de próteses e defendeu que, por ser
muito grande, precisa de regulação. “É um setor
que movimenta R$ 4 bilhões, segundo dados do
próprio Ministério da Saúde. É necessária uma
gestão que financie adequadamente, quantitativa
e qualitativamente esses recursos, para que a
gente não tenha problemas como os que vivemos
recentemente”, explicou.
Protocolos e regulação
“Sou médico há quase 40 anos e vivi o drama das
próteses e suas dificuldades, principalmente em
hospitais públicos, com
stents
, desfibriladores,
entre outros. É importante deixar claro que em
diferentes estágios de desenvolvimento algumas
próteses sãomelhores do que as outras e somente
a regulação e protocolos poderão clarificar essa
questão”, esclareceu o presidente da SBC.
Angelo de Paola agradeceu o convite e disse ser
muito positiva a existência da CPI para olhar
para uma questão tão importante. Lembrou que
os médicos não podem ser rotulados por casos
pontuais de erros e falhas. “O profissional que
colocou mais próteses do que deveria em um
paciente é doente. Protocolos de qualidade
assistencial muito bem estudados têm que
estar mais presentes nos serviços médicos para
que tenhamos menos dúvidas no exercício da
que profissão. É preciso capacitar inclusive
integrantes do governo para essa mudança de
paradigma”, completou.
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Angelo de Paola, presidente da SBC
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados