Jornal SBC 161 | Dezembro 2015 - page 23

Jornal SBC 161 · Dezembro · 2015
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Regional de Educação Física de São Paulo
e o Cremesp, comprovou que o movimento
para derrubar a exigência do ergométrico
tornara-se nacional e tinha como alegação
que os médicos queriam formar uma reserva
de mercado. Tanto é assim que Rio de Janeiro
e Santa Catarina também aprovaram leis em
benefício do questionário canadense como
prova de aptidão física e o senador Romário
do PSB/RJ propôs lei no mesmo sentido, que
entrou em pauta em maio, no Senado, e cuja
relatoria cabe a Marcelo Crivella do PRB/RJ.
Memória
Em 10 de novembro, a Sociedade Brasileira de
Cardiologia perdeu um de seus mais ilustres
sócios, o decano da Cardiologia brasileira
Rubem Tabacof, aos 98 anos. A paixão pela
profissão despontou muito cedo, aos 16 anos,
quando ingressou na Faculdade de Medicina.
Nascido em 1917, na Bessarábia, um território
que se divide entre a Moldávia e a Ucrânia,
Tabacof chegou a Salvador em 1924.
Exerceu atividade profissional na área da
Cardiologia durante mais de 60 anos, tendo
sido professor universitário da Faculdade
de Medicina da Universidade Federal da
Bahia. Consultor médico especializado em
Clínica Médica e Cardiologia, Rubem Tabacof
alcançou projeção nacional e internacional.
Seu consultório atingiu a impressionante
marca de 45 mil fichas de pacientes.
Em 2005, aos 88 anos, recebeu o título de
Cidadão de Salvador. Em 2008, publicou o
livro
Memórias de um médico de coração –
uma ode ao trabalho
. Recentemente, já aos
96 anos, recebeu a placa de honra ao mérito
da SBC, pelos relevantes serviços prestados
à Sociedade, quando de sua gestão,
no biênio 1963/1964.
SBC lamenta a morte de Rubem Tabacof
Rubem Tabacof foi delegado representante do
Brasil em congressos mundiais de Cardiologia
em Moscou, Washington, Londres, Nova
Delhi, Santiago, Buenos Aires, Montevidéu,
México e Tóquio.
Rubem Tabacof, presidente da SBC (1963/1964)
Foto: Divulgação SBC/BA
A força-tarefa liderada pela SBC procurou o
relator, esclareceu o risco de a nova lei cancelar a
obrigatoriedade do exame completo no país inteiro.
Haja vista recente aumento de mortes súbitas nas
academias, forneceu subsídios para um questionário
adequado que, tendo resposta positiva para certas
perguntas, torna exigível o exame completo.
“Ainda não é o ideal”, afirma Nabil, mas o possível
para preservar a vida de milhões de pessoas que
vêm sendo orientadas a iniciar programas de
condicionamento, mas que precisam fazê‑lo com
garantia de que tem condições para tanto.
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