Jornal SBC 161 · Dezembro · 2015
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8º Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem
representantes do Ministério da Saúde e das
sociedades de especialidade, entre as quais
de Oncologia, Psiquiatria e Cardiologia,
que apresentaram os problemas e visões
de suas áreas de atuação, a convite do
organizador do evento, o deputado Jorge
Silva, do Pros/ES.
Em sua participação, Luiz Scala ressaltou
que, embora os brasileiros não tenham muita
consciência do fato, o homem tem muitas
desvantagens em relação à mulher, e que precisa
de mais prevenção do que tem atualmente.
Maior vulnerabilidade
O diretor de Relações Governamentais da SBC
lembrou que o pico de eventos cardiovasculares
ocorre no homem bem mais cedo do que na
mulher. E que a expectativa de vida para o
sexo masculino é de sete anos a menos do
que para o feminino. Luiz Scala destacou
que excesso de peso, “consumo alimentar
de risco” (excesso de sal, refrigerantes, carne
com excesso de gordura, leite integral, menor
ingestão de frutas e hortaliças), tabagismo e
dirigir após consumir bebida alcoólica, é mais
comum entre os homens do que entre as
mulheres, fatos que os expõem a mais riscos.
Recentes pesquisas têm mostrado que a auto
avaliação do estado da saúde como “ruim” é
menor entre os homens e que, nos consultórios,
verifica-se que quando perguntados “por que
vieram ao cardiologista”, é comum informarem
que foram arrastados pelas mulheres,
que “insistiram na consulta”, disse Scala.
Justamente por causa da maior vulnerabilidade
do homem, a SBC fez uma relação das
“Propostas da Cardiologia Brasileira”, que Scala
apresentou e entregou aos promotores do
Fórum. Ele ressaltou que sua implementação
pode ser extremamente importante para reduzir
a mortalidade masculina precoce.
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Conheça as Propostas da Cardiologia Brasileira:
• Melhorar o acesso e a qualidade do atendimento da Atenção Básica;
• Que a Atenção Básica, por meio das equipes multiprofissionais do Programa Estratégia de
Saúde da Família, representa a estratégia mais adequada no combate às Doenças Crônicas
Não Transmissíveis, entre as quais as cardiovasculares;
• Estabelecer um melhor alinhamento das Políticas Públicas em Saúde, como o Programa Saúde
do Homem, com a Sociedade Civil, especialmente as Sociedades Científicas;
• Promover “Programas de Educação Continuada” em nível nacional com a participação das
Sociedades Científicas.