Jornal SBC 159 | Outubro 2015 - page 2

Jornal SBC 159 · Outubro · 2015
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Palavra do Presidente
Em uma das maiores crises
de governança do nosso
país, a confiança no futuro
depende dos sistemas de
sustentação das nossas
bases democráticas. Apesar
da desconfiança e do
pessimismo compreensíveis,
temos felizmente ainda
uma estrutura democrática
sólida, um sistema judiciário
aplaudido na condução
inédita do combate e des­
mantelamento da corrupção
endêmica e, finalmente, Instituições científicas
com grande compromisso com a cidadania.
Fundamentada há mais de 70 anos na busca da
excelência assistencial e científica, a Sociedade
Brasileira de Cardiologia soube se equilibrar
e se reorganizar frente as solicitações do mundo
globalizado. Nesta gestão houve um grande
e necessário compromisso com a solidez da
nossa missão científica, com a necessidade de
aperfeiçoar as regras de
compliance
, com a
transparência associativa no debate de questões
relacionadas à nossa organização departamental,
com a ampliação do grande potencial da atuação
do cardiologista às demandas assistenciais, com as
parcerias internacionais e, principalmente, com o
incentivoparaa inovaçãodaSBCna suacapacidade
criadora e também na de captar recursos.
Conforme noticiado recentemente pelo SBC
NEWS (Disponível em:
,
houve um intenso investimento em divulgar
e demonstrar os nossos Cursos de Simulação
Médica Realística para os órgãos acreditadores e
governamentais. Assim, os cursos TECAAe TECAB
(Treinamento de Emergências Cardiovasculares
Avançado e Básico), além de receberem toda
a acreditação necessária pela Joint Commission
International, foram também 
recomendados
oficialmente pela Comissão Nacional de Resi­
dência Médica (CNRM)
, um marco espetacular
da inserção da SBC nos programas de formação
profissional. Esses fatos inegáveis da meritocracia
e da qualidade competitiva dos cursos da
SBC justificamplenamente as solicitações técnicas
da SBC para que o Comitê Olímpico Brasileiro
(COB), reflita de forma meritocrática e cidadã, da
incorporação do TECA como órgão capacitador
da equipe oficial responsável pela organização do
suporte médico emergencial dos Jogos Olímpicos
de 2016 na cidade do Rio de Janeiro.
A procura de novos parceiros para os nossos projetos
de Qualidade (Confira na página 5 desta edição),
foi um trabalho árduo que se iniciou nos preparatórios
da nossa gestão. Após dois anos da construção de um
projeto piloto inovador, abordando simultaneamente
os três grandes braços de demanda cardiovascular
assistencial na fase emergencial (Síndrome Corona­
riana Aguda), hospitalar (Insuficiência Cardíaca) e
ambulatorial (Fibrilação Atrial), houve uma intensa
negociação com o Ministério da Saúde e com a
American Heart Association (AHA). A viabilização
e concretização desse projeto contou com o auxílio
da interface PROADI-SUS (Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de
Saúde), um fomento governamental administrado
por seis grandes hospitais brasileiros. O Ministério
da Saúde designou o Hospital do Coração (HCor),
de São Paulo, para a sua execução e, nos dias 6 e
7 de outubro houve a reunião inaugural e o início
dos trabalhos em São Paulo, com a presença de
lideranças nacionais e internacionais.
A SBC e todas as instituições científicas,
transparentes e meritocráticas, saberão enfrentar
e vencer todas as turbulências que dificultam a
assistência, o ensino e a pesquisa, mantendo
as suas atividades para auxiliar na retomada do
crescimento e desenvolvimento do nosso país.
Um grande abraço e a confiança em nossa união,
compromisso, competência e otimismo.
A força das instituições científicas
Angelo Amato
Vincenzo de Paola
Presidente da
Sociedade Brasileira
de Cardiologia
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