Diretoria
“A FPMed permitirá
a atuação política...
para fazer a defesa
profissional e a
construção de
leis, projetos e
audiências públicas
que enalteçam a
Medicina Brasileira”
“Vai dar muito trabalho, mas, nós vamos juntos
resgatar a dignidade da categoria médica”
Jornal SBC:
Especificamente sobre a Cardiologia, os medicamentos para a hipertensão e colesterol, disponíveis na
Farmácia Popular, não são os mais eficazes. A FPMed poderá atuar junto ao Ministério da Saúde para solicitar a atua-
lização da lista de medicamentos, inclusive com remédios que já possuem patentes liberadas?
Jornal SBC:
De que forma as sociedades de especialidade poderão contribuir com a FPMed?
Jornal SBC:
Como a FPMed poderá atuar para reivindicar honorários mais dignos aos médicos?
Henrique Mandetta:
Não só na questão relacionada à consulta de R$ 10,00 que é um valor totalmente aviltante. Mas, em toda tabe
la SUS, nós vamos ter que fazer um debate muito forte com qualquer governo que entrar porque a que nós assistimos nos últimos
anos foi um desmanche. É o pior dos mundos. Nós não temos centro de custo, não temos referência. Essa tabela está completa-
mente perdida no tempo. Contratações com diferentes valores. Enfim, isso simboliza muito bem o que foram os treze anos de PT
frente à saúde pública no Brasil. Vai dar muito trabalho, mas nós vamos juntos resgatar a dignidade da categoria médica.
Henrique Mandetta:
A Frente Parlamentar da Medicina vai trabalhar na formulação, sugestão de políticas públicas de qualidade.
Os medicamentos hoje utilizados na Farmácia Popular estão muito aquém da tecnologia que vem chegando para podermos
combater a principal causa de mortalidade que são as doenças cardiovasculares. Acredito que nós poderemos, sim, fazer um
bom debate colocando nas audiências públicas, nos encaminhamentos ao Ministério da Saúde, enfim, na pauta de políticas que
podemos fazer e devemos fazer pela credibilidade que temos que vão ao encontro da melhoria para a população. Que essa sim
é a grande função dessa frente parlamentar.
Henrique Mandetta:
O grande desafio da FPMed é trazer o médico para a política. Nós iniciamos um processo de configurar um
instituto político, de ciência política, que será a confluência de todas as nossas entidades, todas sociedades de especialidades.
Está sendo criado esse instituto que será o nosso braço, de todas as entidades, que vai dialogar e promover todo o trabalho dessa
frente parlamentar. Nós vamos construir dentro do Congresso Nacional a base política para que o tema da Medicina tão importante
aos municípios, os estados e à União possa ser apreciado e avanços possam ocorrer na saúde pública e saúde complementar.
Jornal SBC:
Quais foram os motivos que levaram a proposta de criação da Frente Parlamentar de Medicina - FPMed?
Henrique Mandetta:
No meu primeiro mandato, de 2010 a 2014, esta Casa foi palco de um dos debates mais acalorados e que afetou
dramaticamente a Medicina, que foi a votação do programa Mais Médicos. Naquela época, o debate foi polarizado por questões
governamentais e sentimos muito a falta de um corpo político representante dos médicos. Na legislatura anterior eram 52 médicos
deputados federais e não mais de uma dezena acompanhou uma posição firme pró-Medicina. Percebi que nada mudou nessa
legislatura. A FPMed permitirá a atuação política de associações, sindicatos e os conselhos nacionais dos médicos para que possam
ter um braço político no Congresso Nacional para fazer a defesa profissional e a construção de leis, projetos e audiências públicas
que enalteçam a Medicina Brasileira.
Entrevista
Henrique Mandetta,
médico e deputado federal DEM/MS
O deputado federal Henri-
que Mandetta tem longa militância
na defesa de temas relacionados
à saúde. Recentemente foi um dos
líderes para a formação de uma
Frente Parlamentar de Medicina
no Congresso Nacional. Nesta en-
trevista exclusiva ao
Jornal SBC
ele fala sobre o assunto e também
de outros temas voltados à Car-
diologia e à saúde da população.
Deputado Henrique Mandetta durante discurso
Foto: Agência Liderança
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