A mídia publicou e exibiu reportagens sobre o fato de o
Ceará ter batido recorde de doações de órgãos com a
realização de 1.866 transplantes em 2016. Depois de 34
anos, o estado conseguiu zerar, por exemplo, a fila para o
transplante de córneas. No mês de janeiro deste ano, ou-
tros 118 transplantes foram feitos, sendo um de coração.
Entre os números, uma história de vida, a do contador
Jonatas, que precisou se mudar de Salvador para fazer
um transplante em Fortaleza e estava com a saúde muito
debilitada. Jonatas conseguiu o transplante, em 2015, so-
mente com o sétimo doador potencial. Durante a interna-
ção no Hospital Messejana, a enfermeira Elis foi uma das
que cuidaram do contador. Foi paixão imediata. Eles se
casaram dois meses depois que Jonatas teve alta.
“Recebi um coração da família doadora, ainda recebi um
outro coração da minha atual esposa, que cuidou de mim
na UTI e estamos esperando um terceiro coração, o Da-
vid”. O nome do bebê foi escolhido para homenagear o
chefe da equipe de transplante do Hospital Messejana,
João David Sousa Neto, que também é diretor de Depar-
tamentos Especializados da SBC.
Em entrevista à Globo News, a enfermeira contou que
hoje o contador leva uma vida normal. “Os cuidados são
os mesmos para qualquer pessoa. É alimentação saudá-
vel e prática de exercícios físicos. A única exceção para o
transplantado é o uso continuo das medicações para que
não haja rejeição”, ressaltou Elis.
Para João David, a garra de Jonatas é motivadora.
Hoje o contador faz campanha para novas doações.
“O risco que temos é a falta de medicamentos imunos-
supressores e de alguns insumos para a realização de
novos procedimentos. Talvez isso possa comprometer
esses números de transplantes tão expressivos que
são realizados”, lamentou.
Jonatas e Elis e
o bebê David, em
homenagem a João
David
Por trás dos
números uma
homenagem
ao diretor de
Departamentos
Especializados
da SBC
Coração Valente
Ceará bate recorde
em transplantes
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