Pesquisa do DA aponta que brasileiro se preocupa com colesterol
alto, mas não toma atitude para solucionar o problema
O colesterol ainda é motivo de dúvidas para os brasileiros,
que detêm certo conhecimento sobre o tema mas ainda
não sabem quais seriam as melhores atitudes a serem
tomadas para o controle. É o que mostra a pesquisa “O
que o brasileiro sabe sobre o colesterol”, do Departamen-
to de Aterosclerose da SBC, feita pelo Instituto Ipsos em
parceria com a Sanofi.
O levantamento revela que o brasileiro até sabe que é
necessário medir suas taxas de colesterol – 89% dos en-
trevistados acreditam que todas as pessoas, incluindo
crianças, precisam realizar. Mas apenas 15% declaram
saber sua taxa de LDL (colesterol ruim) e 32% reconhe-
cem as doenças cardiovasculares como a principal causa
de morte no Brasil.
A pesquisa mostra que 41% dos entrevistados não se
preocupam com seu colesterol – 65% só realizaram exa-
mes depois de adultos, e outros 11% nunca mediram na
vida. Entre os avaliados, apenas 11% tomam medicamen-
to para colesterol. Em relação ao controle, 49% desco-
nhecem que se trata de um tratamento contínuo.
Para o diretor do DA e um dos responsáveis pela pesqui-
sa, Henrique Tria Bianco, os dados encontrados refletem
resultados preocupantes de uma tendência mundial, que
já havia sido retratada na pesquisa TAAC –
Think Again
About Cholesterol
, realizada em 2015, em 12 países.
“É preciso que o assunto seja cada vez mais divulgado
para que as pessoas aprendam a cuidar da própria saúde,
atinjam suas metas de colesterol e, como consequência,
mais vidas sejam salvas”, reforça o diretor do DA. A pes-
quisa “O que o brasileiro sabe sobre o colesterol” foi rea-
lizada de forma
online
nas cinco regiões brasileiras, com
participação de 850 entrevistados acima dos 25 anos,
sendo 53% deles mulheres e 47% homens. A pesquisa
aconteceu entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro deste ano,
e contemplou as classes A (8%), B (41%) e C (51%).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou, em
março, uma resolução que proíbe, a partir de 2019, a co-
mercialização de termômetros e aparelhos de medir pres-
são que utilizam mercúrio. De acordo com a Anvisa, a
proposta de proibir o uso desses equipamentos faz parte
do compromisso do Brasil de banir produtos com mercú-
rio até 2020. Em junho do ano passado, a agência abriu
consulta pública sobre o tema. Na ocasião, a agência des-
tacou o compromisso firmado com a Convenção de Mina-
mata, onde 140 países, incluindo o Brasil, compromete-
ram-se com o controle do uso e redução de emissões e
liberações do mercúrio para a natureza.
67% da população
desconhecem atual
taxa de colesterol
Anvisa proíbe termômetros
com mercúrio
Dia a Dia do Cardiologista
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