Selo, por que tê-lo?
“A SBC, com quase 12 mil sócios é uma das maiores e mais influentes sociedades
de especialidade da Associação Médica Brasileira.
De forma pioneira e inovadora, iniciou em 1991, a discussão sobre a certificação
de produtos, inicialmente alimentos, e, hoje, abrangendo uma grande quantidade
de empresas, marcas e produtos, não mais exclusivamente relacionados à
alimentação.
Na atualidade, o Selo de Aprovação SBC certifica 107 produtos de 25 empresas.
Outros quase 50 produtos também já tiveram a certificação, no entanto, por
motivações várias, deixaram de exibir a validação de qualidade da SBC.
Na análise sobre os fatores relacionados ao maior vigor e impacto do selo como
certificador e influenciador de comportamentos na sociedade brasileira,
observamos três interfaces intimamente relacionadas: médico cardiologista,
empresa produtora e consumidor final.
As ações relacionadas ao fortalecimento da marca e da imagem do Selo SBC
precisam atingir diretamente essas interfaces, estimulando a utilização do selo
nos produtos, a compra dos itens certificados, mas, principalmente, a indicação,
pelo cardiologista sócio da SBC, nas suas atuações sociais, culturais ou
profissionais. O selo é um produto. O vendedor, a SBC, deve identificar no
comprador, as empresas, a motivação dessa compra.
Existem perguntas básicas em marketing que devem ser feitas: quem compra?, por
que compra?, quando compra?, onde compra? etc.
Devemos entender também o consumidor final dos produtos certificados. Os nossos
pacientes, familiares e amigos conhecem o Selo SBC? Quem promove o selo? As
empresas que possuem a certificação associam ao selo alguma vantagem em
qualidade de produto para o seu cliente?
Já o cardiologista: qual a imagem que ele possui do Selo SBC? A receita sobre o
selo, seja financeira ou no que diz respeito à imagem da SBC perante a
sociedade, é apresentada de forma clara ao mais influente indicador dos produtos
certificados?
Nesse aspecto, é estarrecedora a constatação que, diariamente, segundo cálculos
subestimados, estamos em contato com mais de 100 mil pessoas: nossos pacientes,
consumidores das nossas ações de saúde e receptivos aos nossos conceitos de
qualidade de vida. Qual corporação mundial possui essa força de vendas? Qual o
motivo da nossa desmotivação em “pensar selo”?
Por fim, nesse texto inicial da nossa gestão em prol do Selo SBC, inchada em
interrogações e necessidades de respostas, resta a indagação: Por que cerca de
50 produtos deixaram de receber o nossa certificação? As respostas a todos os
questionamentos serão dadas após pesquisas em todos os níveis de atuação.
Precisamos valorizar o selo, torná-lo um objeto de desejo dos produtores, um
certificador e diferencial de qualidade do produto ao consumidor final. O
cardiologista deve identificar e inserir o selo na sua escala de valores,
entender a sua importância e reconhecê-lo como patrimônio da sua sociedade.
E a SBC precisa valorizá-lo como fonte de receitas, direcionando-as para
projetos focados, segmentados e resultantes da vontade societária. Deve também,
identificá-lo como importante ferramenta de inserção social e engajamento nos
projetos comunitários de estilo de vida.
Sem o entendimento societário, sem a valorização do mercado e sem a imagem
firmada na comunidade, por que tê-lo?
Mãos à obra.”
Daniel Magnoni
Coordenador do Comitê do Selo de Aprovação SBC
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