Jornal SBC 137 | Dezembro 2013
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Jadelson Andrade diz que luta dos médicos não é
corporativista, mas pela saúde da população
No discurso de encerramento demandato foram listadas asmaiores realizações de dois anos de profícua gestão
DIRETORIA
No discurso de despedida como presidente da SBC,
Jadelson Andrade ressaltou o apoio que a sociedade
deu à AMB e ao Conselho Federal de Medicina (CFM),
que lideraram a luta contra as atitudes equivocadas
do governo federal que, “por suas ações, tanto
comprometeram a dignidade da Medicina brasileira
em uma tentativa sem precedentes de comprometer
a sua história”.
Para Jadelson, não há de prosperar a pecha de
corporativismo que se tenta atribuir aos médicos,
não serão maculadas ou corrompidas as instituições
médicas e a verdade sobre os reais interesses do
governo federal com o programa “Mais Médicos”
que um dia ficará clara para toda a nação: “estamos
lutando é pela saúde da população brasileira, por
uma prática médica melhor e por uma assistência
médica digna e capacitada”. Ele lembrou que o
governo impediu o CFM de avaliar a capacidade dos
médicos estrangeiros que estão sendo importados
pelo Ministério da Saúde e conclamou os presentes a
guardarem a data de 4 de outubro de 2014, quando
espera que a sociedade civil dê o troco a quem tentou
nivelar por baixo a prática da Medicina no Brasil com
prejuízos assistenciais imensuráveis para a saúde da
população brasileira.
Júbilo pelo trabalho
O presidente que se despedia disse de sua emoção
e do júbilo por ter dirigido a SBC junto “à minha
gloriosa Diretoria” e confessou que ainda na véspera
fora à igreja do Senhor do Bonfim em Salvador, como
baiano que é, agradecer as bênçãos que recebeu
ao lhe ser permitido fazer uma gestão profícua e
também para pedir a proteção dos santos e orixás da
Bahia, para que, da mesma forma que fizeram com
ele, o façam com a gestão de Angelo de Paola e de
sua Diretoria em prol do crescimento constante da
Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Jadelson Andrade relatou em sua fala que, ao assumir
a presidência da SBC, sabendo da informação de que
30% das mortes que ocorrem no Brasil se devem às
doenças cardiovasculares, propôs à Diretoria como
bandeira de gestão a elaboração do “Programa
Nacional de Prevenção Cardiovascular” e, dessa
forma, o desenvolvimento de ações concretas
para interferir no que considerava “uma trágica r
ealidade epidemiológica”.
A partir da elaboração do programa, iniciou a
sua aplicação junto à população brasileira com
a divulgação da importância dos fatores de risco
para o determinismo das doenças cardiovasculares.
No outro braço, iniciou a aplicação dos projetos
que, por meio de acordos de cooperação com
instituições públicas e privadas, qualificaram
médicos de atenção à assistência à saúde pública
quanto ao diagnóstico e tratamento das doenças
cardiovasculares de maior impacto populacional.
Dentre os projetos, destacou o programa “SBC vai
à Escola” que já envolveu mais de 13 mil crianças
e adolescentes de escolas públicas de São Paulo
e que está se estendendo para outros estados
do Brasil; e o acordo de cooperação com a CNBB
através da Pastoral da Saúde, no qual mais de
10 mil padres receberão informações sobre dos
fatores de risco para que repassem à população
em suas igrejas e 200 mil cartilhas impressas que
serão distribuídas nas paróquias consolidando
essas informações.
Numa referência especial ao Brasil Prevent,
Jadelson Andrade, relembrou a redação da
Carta
do Rio de Janeiro
e sua repercussão internacional,
“que inscreveu o nome da SBC na Prevenção
Cardiovascular Mundial” e lembrou que o aguardado
livro sobre a prevenção está sendo concluído, tendo
como editores ele próprio, a ex-presidente da AHA,
Donna Arnett, e o presidente eleito da ESC, Fausto
Pinto, com um total de 30 autores entre brasileiros,
americanos, europeus e latino americanos.
Ainda na verdadeira prestação de contas que fazia
de sua gestão, lembrou o programa de qualificação
dos profissionais de Saúde do Brasil, que já atingiu
mais de 10 mil médicos; o acordo com a OPAS,
pelo qual cinco mil profissionais foram treinados
no TECA A e no TECA B, desenvolvidos pela SBC; e
o resultado do programa de Educação Continuada
e da Universidade Corporativa da SBC, que já tem
15 mil inscritos que passam a fazer sua atualização
sem sair de seus consultórios e hospitais, utilizando
ferramentas via web.
Jadelson referiu-se ainda aos resultados dos
primeiros “Registros Brasileiros Cardiovasculares”
que atingiram a meta proposta na sua gestão de
incluir um total de 15 mil pacientes e 150 centros de
pesquisa de todas as regiões do país.
O presidente que se despedia finalizou seu discurso
desejando ao presidente que estava assumindo os
destinos da SBC, Angelo de Paola – a quem declarou
a sua amizade pessoal – e a toda sua Diretoria,
uma gestão laboriosa com muito sucesso nos seus
projetos, e para quem uma vez mais pedia a proteção
de todos os santos e orixás da Bahia!
Solenidade de Posse da Diretoria 2014/2015
Jadelson Andrade cumprimenta Angelo de Paola,
presidente eleito da SBC para a gestão 2014/2015
Jadelson Andrade, presidente da SBC, em seu discurso
de encerramento da gestão 2012/2013
Fotos:
Gabriel Trevisan
