Jornal SBC 142 | Maio 2014 - page 3

Jornal SBC 142 · Maio · 2014
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Palavra do Presidente
Angelo Amato
Vincenzo de Paola
Presidente da
Sociedade Brasileira
de Cardiologia
A sobrevida e o sucesso
das entidades médicas
dependem
da
sua
capacidade de se adaptar
às complexas exigências
do mundo globalizado e
racionalizar, da melhor
forma possível, os recursos
humanos e materiais.
Vivemos um tempo em
que os recursos estão cada
vez mais finitos e, portanto,
reservados ao suporte de projetos com solidez,
racionalidade, e nunca limitados a interesses
restritos.
O potencial de contribuição de uma sociedade
científica é ampliado quando existe respeito por
uma política associativa aberta e dedicada a um
trabalho conjunto, estruturante, transparente
e coerente. A missão dessas organizações no
incentivo da produção e divulgação do saber
e seus efeitos benéficos fica então plenamente
justificada.
A qualidade organizacional da SBC precisa ser
persistentemente aprimorada para sua liderança
ser reconhecida não só no Brasil, mas também
pelas outras sociedades médicas do mundo.
Nas últimas décadas assistimos a um grande
crescimento da ciência e tecnologia. Para
atender às demandas da complexidade da SBC,
houve a estruturação departamental da nossa
organização científica, em áreas de concentração
do conhecimento cardiológico. Nessas situações
existe sempre a necessidade de evitar a
fragmentação exagerada do conhecimento e
manter as vigas mestras da nossamissão científica,
zelando para que a nossa educação continuada
consiga, além de garantir a atualização, manter
o enfoque nas bases sólidas necessárias para a
formação do cardiologista.
Dessa forma, o fortalecimento qualitativo da
nossa missão educativa formadora necessita de
integração departamental, fundamental não só
para o combate das nossas diferenças científicas
e sociais, como também para o aumento da
qualidade da assistência cardiológica em todos
os níveis do nosso país.
Nesse sentido, a SBC e os seus braços científicos,
depesquisa, educação continuada euniversidade
corporativa, precisam incentivar a saudável e
desejável análise crítica da nossa produção do
conhecimento e educação continuada, ações
presentes em todas as sociedades científicas
desenvolvidas.
Eventos e produtos educacionais focados
demasiadamente em diagnóstico e terapêutica,
sem suporte de mecanismos e fisiopatologia das
doenças, dificultam a capacidade de incorporar
as habilidades de formação científica e senso
analítico no nosso cardiologista, precisando
ser repensados. A nossa heterogeneidade
departamental e a multiplicidade dos nossos
grupos de estudo necessitam de um sincronismo
central, análise crítica e um espírito aberto para
que as inovações necessárias a uma sociedade
científica possam ser efetivadas e incorporadas
com qualidade.
As Diretorias especializadas da SBC estão
mobilizadas intensamente para as demandas
relacionadas aos antigos e novos desafios dos
Os desafios da organizaçãoda SBC
nomundoglobalizado
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