Jornal SBC 147 · Outubro · 2014
            
          
        
        
          
            
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          Resoluçãoque restringe ousode sabores nos cigarros
        
        
          ainda está suspensapor liminar
        
        
          
            
              Representantes do Comitê de Controle do Tabagismo da SBC estiveram em Brasília
            
          
        
        
          
            
              para participar de evento e unir forças para que o assunto seja julgado
            
          
        
        
          Cerca de oitenta pessoas, representantes
        
        
          de organizações da sociedade civil, entre
        
        
          elas a Sociedade Brasileira de Cardiologia,
        
        
          participaram do VII Seminário Alianças
        
        
          Estratégicas para o Controle do Tabagismo,
        
        
          organizado pela ACT, em setembro, em Brasília.
        
        
          Estiveram representando a SBC os integrantes
        
        
          do Comitê de Controle do Tabagismo Márcio
        
        
          Gonçalves de Sousa e Stella Martins.
        
        
          Márcio Gonçalves de Sousa lembra que
        
        
          o Supremo Tribunal Federal suspendeu a
        
        
          resolução da Anvisa que restringia o uso de
        
        
          aditivos em produtos derivados do tabaco,
        
        
          por liminar impetrada pela Confederação
        
        
          Nacional da Indústria. A CNI alega dano grave à
        
        
          indústria do cigarro, além do risco de distorção
        
        
          concorrencial entre as empresas. A suspensão
        
        
          vale até julgamento da resolução pelo plenário
        
        
          do STF, ainda sem data marcada. “A indústria
        
        
          tabagista quer manter os sabores no cigarro para
        
        
          torná-lo mais agradável ao paladar e atrativo
        
        
          para seduzir crianças e adolescentes, já que 90%
        
        
          dos fumantes iniciam o vício antes dos dezenove
        
        
          anos”, explica o coordenador do Comitê de
        
        
          Controle do Tabagismo da SBC. Além da questão
        
        
          envolvendo os aditivos, a resolução também
        
        
          fixava limites de alcatrão, nicotina e monóxido
        
        
          de carbono nos cigarros comercializados no
        
        
          Brasil, de fabricação nacional ou importados.
        
        
          Os participantes do VII Seminário Alianças
        
        
          Estratégicas para o Controle do Tabagismo
        
        
          fizeram uma visita ao Congresso Nacional
        
        
          onde conversaram com alguns parlamentares
        
        
          para pedir apoio. Eles também participaram de
        
        
          uma audiência pública sobre tabagismo, com
        
        
          a presença dos deputados federais Darcísio
        
        
          Perondi, do PMDB/RS, e César Colnago, do
        
        
          PSDB/ES, ambos aliados da causa antitabagista. 
        
        
          Durante o Seminário foram discutidos ainda
        
        
          outros caminhos para o maior controle do
        
        
          tabagismo, sempre com base no tratado
        
        
          internacional do qual o Brasil é signatário, a
        
        
          Convenção-Quadro. “Entre as medidas, estão
        
        
          a regulamentação da lei 12.546/11, a chamada
        
        
          lei antifumo, e a proibição de propagandas de
        
        
          produtos de tabaco empontos de venda. Também
        
        
          foram discutidos temas como as embalagens
        
        
          de cigarros padronizadas, que não apresentam
        
        
          logomarcas ou cores, os cigarros eletrônicos, a
        
        
          adição de substâncias que tornam os cigarros
        
        
          mais viciantes do que eram há cinquenta anos, a
        
        
          questão da fumicultura e a dependência que os
        
        
          plantadores de folha de fumo têm da indústria”,
        
        
          relatou Márcio Gonçalves de Sousa. 
        
        
          
            Prevenção
          
        
        
          
            Foto: Divulgação SBC
          
        
        
          
            (Da esq.) Monica Andreis, vice-diretora da ACT - Aliança de Controle
          
        
        
          
            do Tabagismo; Paula Johns, diretora-executiva da ACT; Stella Martins e
          
        
        
          
            Marcio Gonçalves de Sousa, ambos do Comitê da SBC