Jornal SBC 150 · Janeiro · 2015
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o trabalho: Análise Preliminar do Registro Brasileiro de Cateterismo Cardíaco em Cardiopatias
Congênitas (CHAIN). O melhor TL oral demonstrou a contribuição do estudo da deformação
miocárdica pelo
speckel-tracking
bidimensional na avaliação da função sistólica do VD no LES
juvenil. O próximo congresso ocorrerá em Minas Gerais, em novembro de 2016.
Referência:
XXIII Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica realizado
em Porto Alegre, em novembro de 2014.
Isabel Cristina B. Guimarães
SBC/DCC-CP
CORONARIOPATIAS EMERGENCIAIS E TERAPIA INTENSIVA
No último congresso do AHA foi apresentado o estudo AVOID, mostrando que o uso de oxigênio
suplementar por cateter (6-8 L/min) em pacientes com IAMCSST e satO
2
>94% revelou aumento
da área de infarto, através da CPK maior no grupo oxigênio (1,948 U/L
vs
. 1,543 U/L;
P
= 0,01),
na taxa de reinfarto (5,5%
vs
. 0,9%;
P
= 0,006) e na ocorrência de arritmias (40,4%
vs
. 31,4%;
P
= 0,05). Apesar de ser multicêntrico e randomizado, o estudo tem limitações como número
pequeno de 638 pacientes, o fluxo de O
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acima do usual que é de 2-4 L e outros pontos a
esclarecer entre os grupos. Fica clara a necessidade de estudos maiores; no entanto, a mensagem
de que O
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suplementar no cenário da emergência pode ser danoso se mal empregado é bem
compreendida no estudo.
Referência:
Dion Stub, MBBS, Karen Smith, BSc(Hons) PhD, Stephen Bernard, MBBS MD,
Melbourne, Australia. Estudo AVOID, apresentado durante o congresso do AHA em Chicago (EUA),
em novembro de 2014.
Luiz Bezerra Neto
SBC/DCC/Geceti
HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
Apresentado em novembro deste ano pela Dra. Laura Mauri (Boston, EUA) nas sessões
científicas do AHA em Chicago, o estudo DAPT comparou o uso de terapia antiplaquetária
dupla (AAS + tienopiridínico) por 12 meses (prescrição recomendada pela atual diretriz
norte-americana)
versus
tratamento duplo por um período mais longo (30 meses) em
pacientes complexos, tratados com
stents
farmacológicos. Um total de 9.961 pacientes foram
incluídos e randomizados para as duas estratégias, em vários centros norte-americanos,
canadenses e europeus, tendo como objetivos primários a comparação na taxas de trombose
dos
stents
e o combinado de óbito, IAM e AVC. Como principais achados, o tratamento
prolongado (30 meses) com o regime antiplaquetário duplo resultou na redução tanto da
trombose dos
stents
(0,4%
vs
. 1,4%; RR 0,29 [IC 95% 0,17 a 0,48]; P < 0,001) como
na ocorrência de desfechos duros combinados (4,3%
vs
. 5,9%; RR 0,71 [IC 95% 0,59 a
0,85]; P < 0,001), à custa de um modesto, mas significativo, incremento nas taxas de
sangramento moderado/importante (2,5%
vs
. 1,6%, P = 0,001). Embora represente até o
momento o maior estudo avaliando diferentes durações de regimes antiplaquetários após
angioplastia com
stents
farmacológicos, esse estudo possui algumas limitações. Devido a