Jornal SBC 150 · Janeiro · 2015
19
CARDIOLOGIA CLÍNICA
O estudo IMPROVED-IT randomizou 18.144 pacientes para a ezetimiba + sinvastatina ou
sinvastatina isolada após episódio de coronariopatia aguda. O objetivo primário foi morte CV,
IAM, revascularização miocárdica, AVC e re-hospitalização por angina instável, que mostrou
diminuição significativa no grupo ezetimiba (32,7%
vs.
34,7%, p = 0,0016). Houve ainda
redução de IAM (p = 0,002) e AVC isquêmico (p = 0,008) isoladamente. Desfecho composto
de morte por doença coronária, IAM ou revascularização de urgência também foi menor no
grupo ezetimiba (18,9%
vs
. 17,5%; p = 0,016). Tão importante quanto, o estudo demonstrou,
além de benefício, um excelente perfil de segurança da ezetimiba em associação com estatina
na redução do LDL-c e diminuição de eventos clínicos, reafirmando a hipótese “quanto menor
melhor” (LDL-c 53
vs
. 70 mg/dL).
Referência:
Estudo IMPROVED-IT, apresentado durante o congresso do AHA em Chicago (EUA),
em novembro de 2014.
Jose Carlos Nicolau
Fabio Fernandes
SBC/DCC
CARDIOLOGIA COMPORTAMENTAL
Recentemente, Dr. Alan Rozanski publicou no
Journal of the American College of Cardiology
artigo de revisão sobre o tema Cardiologia Comportamental
1
, no qual ressalta as crescentes
evidências sobre os fatores de risco psicossociais e não convencionais para coronariopatia
como sono inadequado, abuso sofrido na infância e o estresse associado com doenças severas.
Reforça sobre a necessidade de superar a divisão artificial entre os fatores de risco psicossociais
(depressão, transtornos de ansiedade, pessimismo, estresse crônico e isolamento social) e
convencionais, com ênfase no desenvolvimento de estratégias mais efetivas para o controle e
prevenção de doenças cardiovasculares.
Referência:
1. Rozanski A. Behavioral CardiologyCurrent Advances and Future Directions. J Am
Coll Cardiol [Internet]. 2014 Jul 8;64(1):100–10. Available from:
.
jacc.2014.03.047
Fernando Morita Fernandes Silva
Fabio Gazelato de Mello Franco
SBC/DCC/GECC
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS E CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA
De 26 a 29 de novembro ocorreu o XXIIICongresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular
Pediátrica, em Porto Alegre. O tema principal foi a correlação da morfologia cardíaca com os atuais
métodos de imagem cardiovascular e como essa nova visão das cardiopatias congênitas pode
influenciar nas condutas clínicas, cirúrgicas e intervencionistas do feto ao adulto. Pontos de destaque
do evento foram o Curso de Morfologia Cardíaca, o curso de terapia intensiva em Cardiologia
Pediátrica e o Curso Internacional de Cardiologia Fetal. A sessão de pôsteres comentados premiou