Jornal SBC 155 · Junho · 2015
3
Palavra do Presidente
Diante dos cenários sociais
e políticos contemporâneos
que causam perplexidade
e descrédito na sociedade
civil, existe a necessidade de
reforçar e divulgar os pilares
das instituições que, com
muita seriedade, se dedicam
ao bem comum com ações
técnicas, meritocráticas e
transparentes.
A SBC, uma das maiores
sociedades científicas do
nosso continente, tem se esforçado em todas as
gestões para cumprir com eficácia a sua missão.
Essas ações, quando alinhadas e sustentadas,
favorecem o fortalecimento técnico da sua base
departamental, o incentivo da produção científica
e dos processos inovadores. São exemplos
estruturantes: o nosso robusto sistema de
avaliação, a base departamental da nossa
educação continuada (Congressos, Livro‑Texto
e Publicações), nossas produtivas relações
internacionais e os nossos cursos com inovação
educacional (Treinamento de Emergências
Cardiovasculares – TECA, e Suporte Avançado de
Vida em Insuficiência Cardíaca – SAVIC).
Os associados e colaboradores que atuam como
valores humanos dedicados e atores diferenciados
fazem grande diferença no desenvolvimento
institucional. Entre os múltiplos exemplos de
fácil constatação citamos o do Governador -
ACC Brazil Chapter (American College of
Cardiology) dessa gestão, Prof. Antonio Carlos
Carvalho, que aqui representa todos que têm
se conduzido de forma alinhada, sinérgica e
meritocrática nas suas atividades associativas.
Dentre várias realizações, houve claramente
o fortalecimento da nossa base departamental
nos Congressos do ACC (Cardiogeriatria em
2014 e Cardiologia Intervencionista em 2015),
além do reconhecimento formal do TECA na
Organização Nacional de Acreditação (ONA)
e na facilitação de outras iniciativas pioneiras
como a do SAVIC, em fase de acreditação
na Europa.
Adicionalmente, nessa mesma vertente
de resultados e com a mesma dedicação
motivadora, houve no dia 25 de junho em
Brasília um extraordinário complemento
no reconhecimento desses valores: o apoio
entusiástico e valioso da Comissão Nacional
de Residência Médica (CNRM) e da Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) –
leia na página 7 desta edição – que indicou a
possibilidade da adoção do TECA nos programas
de residência; pela sua qualidade, pela sua
proximidade às peculiaridades nacionais na
abordagem da ressuscitação e, principalmente,
pelo enfoque inovador e ampliado no manuseio
das emergências cardiovasculares.
Essa grande conquista deve, além de afastar
quaisquer barreiras, abrir um leque de
oportunidades para a nossa tecnologia educadora,
promover o reconhecimento das instituições e seus
valores para, de uma forma sistêmica, estimular
a nossa consciência cidadã na inquestionável
tarefa de fomentar a nossa produção intelectual
inovadora para o desenvolvimento da medicina e
da Cardiologia do nosso país.
Grande abraço.
■
Meritocracia, transparência e dedicação:
Valores e reconhecimentos inquestionáveis
Angelo Amato
Vincenzo de Paola
Presidente da
Sociedade Brasileira
de Cardiologia
