Jornal SBC 154 | Maio 2015 - page 28

Jornal SBC 154 · Maio · 2015
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Diretrizes emreportagens da
Saúde
e
Diário Oficial
Duas reportagens mencionaram
Diretrizes da SBC. Na
Saúde
, da
editora Abril, a Diretriz citada foi
sobre o Consumo de Gorduras e
Saúde Cardiovascular na matéria
“Ovo poché e omelete simples”.
Já a I Diretriz Brasileira de
Hipercolesterolemia Familiar foi
o foco da reportagem “Colesterol
alto pode indicar doença genética”
do
Diário Oficial
. O coordenador
geral da Diretriz, Raul Dias dos
Santos, explicou que o infarto pode
atingir pacientes com HF entre 35
e 40 anos ou até antes. Foi o caso
do presidente da Associação de
Pacientes comHF, André Luis Batista
Pereira, também entrevistado pelo
jornal e que sofreu um infarto aos
28 anos.
DiárioOficial
Poder Executivo - Seção I
II
São Paulo, 125 (58)
sexta-feira, 27demarçode2015
V
São Paulo,125 (58)
Colesterol alto pode indicar
doença genética
InstitutodoCoração
convida famíliascom
colesterolelevadoa
fazer testegenéticopara
detectare, se forocaso,
tratarhipercolesterolemia
familiar
oençapouco conhecidanoBrasil
e nomundo, a hipercolesterole-
mia familiar é genética e desen-
cadeia colesterol alto desde o
nascimento, o que pode levar a
pessoaao infartoprecoce, senão
houver tratamento. O Instituto
do Coração (Incor), doHospital
dasClínicasde SãoPaulo, alerta
paraoproblema.
“Enquantonapopulaçãomas-
culina,o infartodomiocárdiopode
manifestar-se, emmédia, após os
50 anos de idade, no paciente
com hipercolesterolemia familiar,
ele pode ocorrer entre os 35 e 40
anos”, informa o cardiologista do
Incor,RaulDiasdosSantosFilho.
“No caso das mulheres, o
fluxomenstrual e oshormônios
as protegem durante alguns
anos;o riscode infartoaumenta
entre60 e65anos.Paramulhe-
res com histórico familiar de
hipercolesterolemia, o risco de
infarto começa aos 55 anos”,
explica o cardiologista.
“A informação é importan-
te porque muitas pessoas não
sabem que têm hipercolestero-
lemia familiar,não sentemnada
no decorrer da vida, sofrem
infarto precoce e morrem des-
conhecendo a causa.”De acordo
com o especialista, apessoaque
tem algum familiar com coles-
terol elevado deve suspeitar do
problemade saúde.Noadulto,a
taxa épreocupantepara coleste-
rol ruim (LDL) acimade 190miligramas
por decilitro (mg/dL) e colesterol total
maiorque300mg/dL.Entreascrianças,
é sinalde que algo está errado quando o
LDLultrapassa 160mg/dL eo colesterol
total,240mg/dL.
Análisedeparentes
–Nessa situa-
ção, é imprescindível que os familiares
procuremo cardiologista, clínico geralou
endocrinologista e peçam a dosagem de
colesterol. “Oexamede sangueé suficien-
te para identificar a maioria dos casos,
desde que feito em toda a família”, avisa.
Omédico diz que o tratamento contínuo
com medicamentos à base de estatina
controla a doença e reduz em mais da
metadeo risco cardiovascular.
Na população em geral, tabagismo,
pressão alta, diabetes, sedentarismo, obe-
sidade e problemas cardíacos representam
80% dos fatores de risco para colesterol
acima do recomendado. “Na pessoa com
hipercolesterolemia familiar, esses fatores
colaboram em apenas 30%, pois o doente
nasce como colesterolalto,que vaiaumen-
tando aindamais durante a vida, indepen-
dentemente desses comportamentos”, res-
saltaomédico.
A taxa de colesterol total do doente
é duas a quatro vezesmais elevada que a
da população sadia. Se o colesterol total
normal é 200mg/dL, o do paciente com a
doença variade400mg/dL a800mg/dL.
O cardiologista informa que existem
dois tipos de hipercolesterolemia: no pri-
meiro, e de maior incidência, o fato de
haver um familiar com o gene defeituoso
para a doença vai implicar um diagnóstico
a cada dois familiares. Na população em
geral, os estudos indicam a ocorrência de
um caso a cada grupode250pessoas.
Fígado
–A segunda forma – e a
mais rara–dehipercolesterolemia ocor-
re quando pai emãe têm genes defeituo-
sos.Nessa situação,édetectadoumdoen-
te a cada 300milhabitantes. “Quem tem
o mal poderá sofrer infarto na segunda
década de vida”, prevê Santos Filho, que
também é diretor daUnidade Clínica de
Lípides do Incor, ligada à Faculdade de
MedicinadaUSP (FMUSP).
Uma das funções do fígado é remo-
ver o colesterol da circulação sanguínea e
transformá-lo em energia. Devido ao gene
defeituoso, o fígadonão realiza essa tarefa,
o que colabora para a formação de pla-
cas gordurosas nas artérias e consequente
aparecimento da aterosclerose – doença
sistêmica que reduz o fluxo de sangue em
determinadosórgãos.
Segundoocardiologista,esseproblema
de saúde é negligenciado nomundo intei-
ro. De acordo com seus cálculos, menos
de 1% dos casos é diagnosticado no País.
Há três anos, o Incor criou o Programa
Hipercolesterolemia Brasil, que oferece
gratuitamente a realização de testes gené-
ticos a familiares com suspeita da doença.
Casos confirmados sãoassistidosnaClínica
de Lípides do Incor.Desde sua criação até
março, foram identificadas e tratadas mil
ocorrências.Cercade4%delas em crianças
apartirde 7 anos.
Inscrições
– “O Incor tem condições
de atender de dois a três novos casos por
semana”, informa o cardiologista. A ini-
ciativa recebe recursos do Sistema Único
de Saúde (SUS), Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)
eHospitalSamaritano.
Preocupadoemdivulgaroassuntoentre
os cidadãos e a comunidademédica,André
LuísBatistaPereira,40anos,criou,emmaio
do ano passado, a Associação de Pacientes
com Hipercolesterolemia Familiar (AHF),
da qual é presidente. Ele sofreu infarto aos
28 anos e só descobriu o diagnóstico de
hipercolesterolemiaumanodepois.
“Dos 20 aos 28 anos, sempre tive
colesterol alto. Diversas vezes, osmédicos
pediam para eu tomar remédio e depois
suspendiam. O colesterol oscilava e nin-
guém nunca desconfiou que podia ser essa
doença. Meu pai, também com colesterol
elevado, faleceu de infarto aos 48 anos”,
lembra. Seus familiares participaram do
programano Incor,quedetectou colesterol
anormal em duas irmãs e dois sobrinhos,
umde4 anos eoutrode 15 anos.
A associação promove ações educati-
vas pelo País e lançou, recentemente, uma
página na internet (
ver serviço
), com infor-
mações sobre a doença, diagnóstico, tra-
tamento, dicas de vida saudável e depoi-
mentos de pacientes.Quem já confirmou o
diagnóstico pode se cadastrar para receber
informaçõeseparticipardeencontros.Osite
daAHF tambémdivulgadados técnicospara
os médicos, como a
1ª Diretriz Brasileira
deHipercolesterolemiaFamiliar
, elaborada
pelaSociedadeBrasileiradeCardiologia.
Desde fevereiro, eventos públicos da
AHFaferemocolesterole identificamcasos
suspeitos. Foram realizados cerca de 600
testes, com 50 casos alterados.Nessas ati-
vidades, profissionais de saúde orientam o
cidadão a procurar o cardiologista emen-
cionarhistórico familiar, sehouver.Ameta
da entidade é identificar os cerca de 400
mil brasileiros com colesterol elevado ao
extremo, acimade300mg/dL.
A próxima ação será em 12 de abril,
das8 às 14horas,noParquedo Ibirapuera.
Com apoio de parceiros, o evento terá ava-
liação de catarata, massagem, caminhada
commédicos,distribuiçãode fôlderessobre
hipercolesterolemia familiar, orientações e
dosagem de colesterol, cujo resultado sai
emdoisminutos.
VivianeGomes
ImprensaOficial –Conteúdo Editorial
D
SERVIÇO
Pessoasdamesma família com suspeita
dadoençapodemparticipardoprograma
do Incor. Informaçõese cadastrono
site
om.br
AssociaçãodePacientes com
Hipercolesterolemia Familiar (AHF)
Quando há casos de colesterol alto na família, especialista recomenda verificação; resultado da dosagem sai em doisminutos
Pereira criou associação para divulgar o tema
FOTOS:DIVULGAÇÃO SBC
A IMPRENSAOFICIALDOESTADOSAgaranteaautenticidadedestedocumento
quando visualizadodiretamentenoportalwww.imprensaoficial.com.br
sexta-feira,27demarçode2015às02:15:38.
O portal R7 da TV Record elaborou uma
reportagem com dicas saudáveis relacionadas
aos alimentos mais consumidos durante
a Páscoa, como chocolate e bacalhau. A
nutricionista Isabela Pimentel Mota, do
Núcleo de Nutrição do Departamento de
Aterosclerose da SBC, deu várias dicas, como
o alerta de que o benefício do chocolate está
no cacau.
Mitos e verdades
sobre os alimentos
daPáscoa
1...,18,19,20,21,22,23,24,25,26,27 29,30,31,32,33,34,35,36
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