Jornal SBC 152 · Março · 2015
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A recente reunião da Diretoria da SBC, realizada
emSão Paulo, foi a oportunidade para a discussão
e posterior aprovação, pela unanimidade dos
presentes, de um plano para implementar alguns
aspectos que têm gerado preocupação no seio
da entidade e que dizem respeito a ética, conflito
de interesses e também ao
compliance
.
As linhas mestras de atuação que foram definidas
serão implantadas durante este ano, adianta o
presidente Angelo de Paola. Mas o objetivo é
que sejam verdadeiras diretrizes que extrapolem
a atual gestão, à medida que serão incorporadas
na estrutura organizacional da SBC.
Ao detalhar o que foi aprovado, De Paola disse
que as novidades se prendem à educação
continuada, ao sistema de representação, que
está exigindo um alinhamento com a filosofia
mestra da SBC, abrangendo ainda congressos
e relações departamentais. E reiterou que
embora o plano seja desenvolvido no correr
deste ano, o objetivo é que as mudanças sejam
incorporadas no
modus operandi
da instituição,
de maneira permanente.
“Trata-se de estratégias diretoras que, sendo
aplicadas funcionalmente, devem resultar no
engrandecimento e na sustentabilidade da
SBC”, concluiu.
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SBC passará por aprimoramento de pontos estruturais
que serão inseridos na estrutura organizacional
Uma das inovações diz respeito ao compliance, isto é, a obrigatoriedade do
cumprimento por todos das diretrizes e regulamentos da entidade
Coube a Canesin apresentar o programa
de
treinamento
para
emergências
cardiovasculares. Ele explicou ao ministro que
o TECA é único no mundo a ensinar tanto o
atendimento das paradas cardiorrespiratórias
decorrentes de infarto, ICA, AVC e arritmias,
como também as providências a serem
adotadas após o primeiro atendimento,
como a hipotermia terapêutica, estabilização
hemodinâmica, ventilatória e hidroeletrolítica.
Realidade brasileira
Canesin mostrou a oportunidade representada
pela Olimpíada, pois o TECA A foi desenvolvido
levando em conta a realidade do médico
brasileiro e os ensinamentos que ele recebe
durante sua formação. Oprograma daAmerican
Heart Association, que está em campanha para
convencer o Comitê Olímpico Internacional a
aceitá-lo, leva em conta a realidade e a formação
do médico nos Estados Unidos, que tem muitas
diferenças da situação brasileira.
Como a SBC já tem experiência em ministrar
o curso, tendo treinado mil médicos no ano
passado, em convênio com o Ministério da
Saúde, o ministro recebeu positivamente
a proposta, principalmente ao saber que o
TECA B e o TECA L permitiriam o treinamento
também de enfermeiros, fisioterapeutas e
inclusive leigos. O TECA, customizado para o
Brasil, é fruto do trabalho conjunto da SBC,
do Incor, Dante Pazzanese, Unifesp, Hospital
Cepaco, de Recife, Aliança, de Salvador,
Universidade Estadual de Londrina, Federal
e PUC do Paraná e vários outros hospitais e
universidades brasileiras.
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