Gourmet sofisticado e enólogo exigente, Timerman
desmistifica antigas crenças. Ele garante que é possível
comer bem em qualquer lugar, cita restaurantes
excepcionais nos Estados Unidos e na Inglaterra, mas
diz que se come muito bem na Ásia, especialmente na
Tailândia. “É que eles têm uma variedade incrível de
vegetais que apenas escaldam, como a delicada flor de
lótus ou de bananeira, açúcar de palmeira, molho de
tamarindo ou de capim-limão e frutas sensacionais, pitaia,
rombutão, champoo”.
A cozinha chinesa também é memorável, mas cuidado
com a pimenta, que é de fazer baiano pedir água.
Mesmo pratos exóticos, como grilo, escorpião
torrado e barata – ele jura que experimentou –,
são palatáveis e não têm colesterol.
O que ele recomenda como mais saudável, porém, é o
presunto cru de Portugal e da Espanha, pois o sobreiro, do
qual se tira a cortiça, produz bolotas que alimentamos porcos,
cujo presunto magro é muito bom para o coração. Isso sem
falar na comida mediterrânea, que considera
hors concours
.
O complemento perfeito para uma refeição na França
é o
vin ordinaire
, vinho da casa, frequentemente da
minúscula vinha do primo do proprietário e de alta
qualidade. E por falar em vinhos, Sergio gaba os
chineses, que estão produzindo tintos que lembram os
bons do Rhone, por mais incrível que pareça e também
cervejas memoráveis.
Para ele é preciso cuidado na Índia, entretanto, não
pela qualidade, mas pela higiene do preparo. Depois
das viagens, Sérgio se sente de baterias recarregadas e
pronto para enfrentar mais um ano de trabalho.
Ásia
Europa mediterrânea
Sérgio degustando escorpiões torrados
Ostras no DB Bistro do chef
Daniel Bouloud, Cingapura
Região de Vatnajökull, Islândia
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