Jornal SBC 133 | Agosto 2013 - page 12

Jornal SBC 133 | Agosto 2013
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DIRETORIA
Pesquisa avaliou estilo de vida de 182 famílias de Roncador (PR) e comparou
com situação de saúde dos adolescentes
Uma pesquisa desenvolvida pela Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUC-PR) mostrou que, além da
predisposição genética, o estilo de vida familiar contribui
para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e
que elas podem ser detectadas desde a adolescência.
Para realizar a pesquisa, foram selecionadas 182 famílias
inscritas na unidade de saúde de Roncador (PR).
Ambos os pais e um adolescente foram avaliados. Os
adolescentes, entre 12 e 19 anos, foram divididos em
dois grupos: Grupo I, de adolescentes de famílias de
alto risco; e Grupo II, que consistiu de adolescentes de
famílias sem fatores de risco aparentes.
Resultados
Os resultados definiram que o Grupo I apresentou
maiores níveis em relação ao Colesterol Total
(CT), lipoproteina de baixa densidade (LDL-C),
Triglicerídeos (TGC) e também de glicemia em jejum,
assim como menores níveis de lipoproteina de alta
densidade (HDL-C). Esses dados caracterizam fatores
de risco para infarto.
De acordo com o vice-presidente da SBC, Dalton
Précoma, que também é professor da PUC-PR
e responsável pela pesquisa, os dados do estudo
podem ajudar a definir políticas públicas preventivas.
Uma das formas seria que as prefeituras incluissem
esses exames, que não dependem de grande
tecnologia,
como
rotina
para
adolescentes,
especialmente aqueles provenientes de familias
com histórico de doenças cardiovasculares. A partir
dos dados, promover estimulos para a prática de
atividade física, alimentação correta, orientação de
hábitos saudáveis, entre outros.
Atherosclerosis
O trabalho foi publicado na revista europeia
Atherosclerosis
e é a conclusão do mestrado da aluna
Marcieli Giroldo, sob orientação de Dalton Précoma.
Estudo mostra que risco para doenças
cardiovasculares pode ser detectado
desde a adolescência
Confira o artigo na íntegra em:
O “SBC vai à escola” iniciou em janeiro com assinatura
de um decreto do governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, e convênio assinado com a SBC, depois de
longa preparação no ano passado. Logo em seguida, o
diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC,
Carlos Alberto Machado, envolveu o COSEMS/SP –
Conselho de Secretários Municipais da Saúde do Estado
de São Paulo – para amplificar o programa. Inicialmente
o “SBC vai à escola”começou em 128 colégios estaduais.
“O envolvimento do COSEMS/SP permitirá ampliar o
programa para os 645 municípios de todo o Estado”,
diz Machado.
Noencontrorealizado,nasededaSBCemSãoPaulo,ficou
definido que a primeira etapa será fazer o levantamento
antropométrico das crianças para conhecer a incidência
de obesidade desse universo; na sequência haverá uma
capacitação das lideranças para sensibilizar sobre os
riscos das doenças cardiovasculares, assim como foi
feito nas 128 escolas; e, por último, modificar a merenda
de cada cantina, com alimentação mais saudável.
Adesão dos participantes
“Vamos trabalhar por adesão para garantir o empenho
dos participantes das secretarias municipais de saúde
Reunião define estratégias para ampliação
do“SBC vai à Escola”
Programa que está sendo implantado em128 escolas estaduais pode
ultrapassar as fronteiras de São Paulo ainda neste ano
e parceria com a Educação”, ressaltou o presidente
do COSEMS/SP, Arthur Chioro. O programa será
apresentado ainda para as 5.300 escolas estaduais
e outras milhares municipais. A SBC e o COSEMS/SP
se comprometeram ainda em levar o projeto para ter
o apoio do Ministério da Saúde. “Queremos ampliar
ao máximo para impactar nos indicadores”, destacou
Carlos Machado.
“O papel estratégico das secretarias é tornar palatável
um cardápio saudável para as escolas de todos os
municípios”, explicou o representante do Comitê da
Criança da SBC, José Francisco Saraiva. “Este trabalho
de fato é de formiguinha, mas mexer na merenda é
determinante para a saúde de crianças e adolescentes.
Se a criançada aprende a comer errado na escola,
porque será diferente dentro de casa?”, alertou Saraiva.
Fórum permanente
“Avaliar hipertensão, colesterol e diabetes, com
regularidade, será um segundo passo futuro”, contou
Carlos Machado, assim como foi debatido no I Fórum
Socesp Permanente de Prevenção, realizado durante
o XXXV Congresso da Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo. “Em março do ano que vem, no
II Fórum Socesp, iremos apresentar os resultados destas
iniciativas, aperfeiçoar o programa e definir as próximas
etapas a serem perseguidas”, diz Ieda Jatene também do
Comitê da Criança da SBC.
O encontro na sede da SBC reuniu representantes da
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, do
COSEMS/SP, da Socesp e da SBC.
Andreia Ignácio e Ana Leonor Alonso, ambas da
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo;
Carlos Alberto Machado; Arthur Chioro e Elaine
Gionotti do COSEMS/SP; Ieda Jatene; e Danielle
Andrade e Gislaine Fonseca, da SBC
Foto:
Divulgação SBC
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