Jornal SBC 145| Agosto 2014 - page 6

Jornal SBC 145 · Agosto · 2014
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Diretoria
EventodeCardiopatiaCongênita ocorre quando
ministério emédicos se reunempara buscar soluções
Congresso da World Society for Pediatric and Congenital Heart Surgery
foi em São Paulo, de 17 a 20 de julho
O Fourth Scientific Meeting da Sociedade
Mundial para Cirurgia Cardíaca Pediátrica
e Congênita trouxe a São Paulo vários dos
maiores especialistas mundiais e incluiu
apresentações orais sobre os melhores
abstracts submetidos à Sociedade. O encontro
abrigou ainda uma sessão científica conjunta
com a Sociedade Latina de Cardiologia y
Cirurgía Cardiovascular Pediatrica.
A World Society for Pediatric and Congenital
Heart Surgery foi criada em 2006 e é a maior
organização do gênero, com associados de
todos os continentes e regiões do mundo.
Seu lema é que “toda criança nascida em
qualquer lugar do mundo com um defeito
cardíaco congênito deve ter acesso a cuidados
médicos apropriados e à cirurgia reparadora”.
A missão da entidade é promover a mais
alta qualidade de atendimento a todos os
pacientes com doença cardíaca pediátrica
congênita ou pediátrica, do feto ao adulto,
independentemente da condição econômica
do paciente, com ênfase na excelência em
educação, pesquisa e serviços comunitários.
Melhor momento
Para Ieda Jatene, moderadora de uma das
mesas-redondas, o Congresso foi importante
porque permitiu a apresentação dos novos
conhecimentos sobre cardiopatias congênitas,
sobre os quais a medicina tem avançado
muito nos anos recentes. Ela lembra que a
malformação congênita é mais frequente que
a malformação óssea ou neurológica, afetando
entre 5 e 8 entre mil nascidos vivos. Para a
solução dos problemas urge o diagnóstico
precoce, como na atresia pulmonar com septo
íntegro, que deve ser operada horas após o
parto ou a hipoplasia do coração esquerdo.
A especialista ressalta que o Congresso foi
realizado num momento muito importante,
pois a SBC, a Sociedade Brasileira de Pediatria,
a Sociedade de Hemodinâmica Pediátrica e
a Sociedade de Cirurgia Cardíaca Pediátrica
prepararam um documento muito bem
elaborado, entregue ao então ministro da
Saúde, mostrando como garantir a atenção
integral à criança cardiopata. Pela primeira vez
as Sociedades de Especialidade foram chamadas
a discutir o planejamento dessa importante área
da Saúde Pública juntamente com as autoridades
do governo federal.
Representação
Em decorrência, sentam-se à mesma mesa e com
ampla participação, de um lado, os representantes
do Ministério da Saúde e, do outro, a diretora
do Departamento de Cardiologia Pediátrica da
Sociedade Brasileira de Pediatria, Patricia Guedes,
e o Departamento de Cardiopatia Congênita e
Cardiologia Pediátrica da SBC, representado por
Isabel Cristina Brito Guimarães.
“Há uma longo caminho pela frente”, conclui
Ieda Jatene, mas finalmente as portas estão
abertas para os especialistas que vivem o dia a
dia da criança cardiopata e que conhecem os
problemas que enfrentam, as lacunas existentes.
Os que conhecem a falta de mais recursos
para um atendimento adequado começam a
ser ouvidos por aqueles que têm o poder, mas
também a missão de oferecer a infraestrutura e as
condições para que os cardiologistas pediátricos
possam cumprir adequadamente sua missão.
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