Jornal SBC 145| Agosto 2014 - page 9

Jornal SBC 145 · Agosto · 2014
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DAfazumalertaà população
Vídeo viralizado no YouTube traz informações falsas sobre o controle do colesterol
O Departamento de Aterosclerose lançou um
alerta para o público leigo sobre notícias sem
embasamento científico que estão circulando na
internet, segundo as quais hipercolesterolemia
não seria fator de risco para o infarto do
miocárdio. “Esse tipo de informação pode levar
a população a não seguir as orientações que
fazemos no combate ao colesterol elevado”, disse
o presidente do Departamento de Aterosclerose
da SBC, José Rocha Faria Neto.
Vídeo
A manifestação da SBC vem em resposta
a um vídeo muito divulgado nas últimas
semanas no YouTube, onde um cardiologista,
que não é filiado à SBC, dá a entender que a
valorização do nível de colesterol para prevenir
o infarto é decorrência de uma campanha do
“medicamento mais vendido na história”, uma
estatina recomendada para baixar o colesterol.
A SBC afirmou categoricamente no material que
foi divulgado à imprensa que a afirmação não
é verdadeira, e as demais colocações do vídeo
também não honram a verdade. O papel do
colesterol como fator de risco está claramente
demonstrado há mais de 40 anos, e nas últimas
duas décadas inúmeros estudos mostraram
que a redução agressiva de LDL-colesterol está
associada à redução do risco cardiovascular.
Prevenção
A SBC insistiu na comunicação com o
público leigo que a base de toda a prevenção
cardiovascular é com a adoção de estilo de
vida saudável, com dieta adequada, prática
corriqueira de atividade física, cessação de
tabagismo e manutenção de peso corpóreo
adequado. José Rocha Faria lembrou ainda, nas
entrevistas concedidas às emissoras de rádio,
que a opção medicamentosa para controlar
o colesterol é feita em casos específicos,
enquanto a recomendação básica é de que
se evite o alto nível de colesterol com boa
alimentação. O presidente do DA indicou o
portal da SBC (
) como fonte
confiável de informações.
Prevenção
O presidente do DA lembra que, embora a
mortalidade por doença isquêmica cardíaca
esteja em declínio em algumas regiões do país,
em outras, leia-se Norte e Nordeste, houve
um aumento na taxa de mortalidade na última
década. “Portanto, é fundamental que a SBC,
e em especial o DA, que há mais de 20 anos
tem tido extensa atuação na área de prevenção
cardiovascular, procurem levar informações
sérias e confiáveis ao público leigo emmomentos
como esse.” Nessa árdua batalha no campo da
prevenção cardiovascular, no ano passado, a SBC
publicou a V Diretriz Brasileira de Dislipidemias
e Prevenção da Aterosclerose, com metas mais
rígidas para quem tem risco elevado para a
doença cardiovascular.
Esse tipo de informação
pode levar
a população a não seguir
as orientações que
fazemos no combate ao
colesterol elevado
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