Jornal SBC 142 | Maio 2014 - page 21

Jornal SBC 142 · Maio · 2014
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CARDIOLOGIA COMPORTAMENTAL (1)
Estudopublicadoemjaneirono
AmericanHeart Journal
1
avaliouo impactodaaderênciamedicamentosa
em 4.117 pacientes após infarto agudo do miocárdio, incluídos no estudo MI FREEE2, e sua relação
com a ocorrência de eventos cardiovasculares (primeiro evento vascular maior ou revascularização).
No grupo de cuidados habituais, a aderência medicamentosa variou de 35,9% a 49% enquanto
que no grupo de “cobertura plena” houve adesão de 4 a 6 pontos percentuais a mais. Maiores
níveis de aderência na utilização de estatinas, betabloqueadores e inibidores da ECA/bloqueadores
do receptor de angiotensina (definido por proporção de dias cobertos ≥ 80%, detectado através
da dispensação de medicações em farmácia) estiveram associados com menor número de eventos
cardiovasculares (hazard ratio [HR] 0,64–0,81.). Esse dado reforça a necessidade de implementação
de medidas eficazes para se atingir maiores índices de aderência nessa população de alto risco.
Referências:
1. Choudhry NK, Glynn RJ, Avorn J, Lee JL, Brennan TA, Reisman L, et al. Untangling the relationship
between medication adherence and post-myocardial infarction outcomes: medication adherence and
clinical outcomes. Am Heart J [Internet]. 2014 Jan [cited 2014 Mar 29];167(1):51–58.e5. Available
from:
2. Choudhry NK, Avorn J, Glynn RJ, Antman EM, Schneeweiss S, Toscano M, et al. Full coverage for
preventivemedications after myocardial infarction. N Engl J Med [Internet]. 2011Dec 1;365(22):2088–
97. Available from:
Fernando Morita Fernandes Silva
SBC/DCC/GECC
CARDIOLOGIA COMPORTAMENTAL (2)
A morte do cônjuge aumenta o risco de infarto ou acidente vascular cerebral no parceiro nas próximas
semanas ou meses, conclui estudo realizado no Reino Unido e publicado no
Journal of the American
Medical Association
em fevereiro
1
. Verificou-se um aumento de risco de aproximadamente duas
vezes nos primeiros três meses após a perda do parceiro. Possíveis fatores implicados são: alterações
da pressão arterial, níveis de cortisol, ativação plaquetária e estado pró-trombótico. Modificações
comportamentais deletérias nesse período também podem incrementar o risco, como: tabagismo,
etilismo e má aderência medicamentosa.
Pessoas casadas têm risco 5%menor de desenvolver doenças cardiovasculares do que pessoas solteiras,
segundo trabalho apresentado no congresso do American College of Cardiology
2
. Foram analisados
dados de 3.500.000 americanos. Entre os indivíduos solteiros, os divorciados e viúvos apresentaram
maior risco que aqueles que nunca se casaram.
Referências:
1. IM C, SM S, DeWilde S, Harris T, CR V, DG C. Increased risk of acute cardiovascular events after
partner bereavement: A matched cohort study. JAMA Intern Med [Internet]. 2014 Feb 24; Available
from:
Highlights
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