Jornal SBC 152 | Março 2015 - page 19

Jornal SBC 152 · Março · 2015
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Highlights
CARDIOLOGIA CLÍNICA
Uma contribuição relevante no campo da Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) foi obtida
por estudo nacional que avaliou a associação dos dados de RMC pós-IAM com mortalidade
em longo prazo. Foram avaliados 420 casos entre 7.119 exames realizados entre Jun/2001
e Dez/2010. Destaca-se o seguimento prolongado (6,4 ± 2,9 anos) e a causa do óbito
documentada pelo Sistema de Informação de Mortalidade. Os dados anatômicos do IAM pela
RMC exibiram associação independente com mortalidade, sendo a massa infartada a principal
variável explicativa para morte por doença isquêmica cardíaca.
Referência:
Petriz JL, Silva NA et al. Assessment of Myocardial Infarction by Cardiac Magnetic
Resonance Imaging and Long-Term Mortality. Arq Bras Cardiol. 2015; 104(2):159-168.
João Petriz
SBC/DCC
CARDIOLOGIA COMPORTAMENTAL
A adoção de seis medidas de comportamento saudáveis pode reduzir em 73% o risco de doença
coronariana e em 46% o risco de diabetes, hipertensão e dislipidemia em mulheres jovens;
conclui estudo publicado no JACC. Foram incluídas 88.940 mulheres de 27 a 44 anos em estudo
prospectivo com até vinte anos de seguimento. O comportamento saudável incluiu: não fumar,
exercícios físicos com intensidade moderada a intensa acima de 2,5 horas por semana, índice
de massa corpórea entre 18,5 e 24,9 kg/m
2
, alimentação saudável, assistir à televisão por tempo
menor que sete horas por semana e consumo moderado de álcool.
Referência:
Chomistek AK, Chiuve SE, Eliassen AH, Mukamal KJ, Willett WC, Rimm EB. Healthy
Lifestyle in the Primordial Preventionof CardiovascularDiseaseAmong YoungWomen. J AmColl Cardiol
[Internet]. 2015 Jan 6;65(1):43–51. Available from:
Fernando Morita Fernandes Silva
Thais Nascimento Helou
SBC/DCC/GECC
CORONARIOPATIAS EMERGENCIAIS E TERAPIA INTENSIVA(1)
Em um recente registro nacional americano com 68.808 pacientes de 119 serviços diferentes,
ficou comprovado que o uso de aspirina no cenário de prevenção primária foi indicado
de maneira inadequada em cerca de 11,6% dos pacientes. A indicação atual, segundo os
guidelines, é para os pacientes que apresentem risco cardiovascular em dez anos maior que
6%. O uso da medicação no grupo de pacientes com risco <6% em dez anos não trouxe
benefício, aumentando ainda o risco de hemorragias, sobretudo gastrointestinais. Excluindo
os diabéticos, a taxa de indicação inadequada foi de 13,2%. Ou seja, de cada dez pacientes
1...,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18 20,21,22,23,24,25,26,27,28,29,...32
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