Seu Bolso
A queda
progressiva
da Selic coloca
os investidores
em alerta
Se você tem dinheiro aplicado, fique atento. Com a re-
dução da taxa Selic, para alcançar retornos mais inte-
ressantes, o poupador precisará aumentar o risco de
seus investimentos. Quem alerta é a orientadora da As-
sociação Brasileira dos Educadores Financeiros e sócia
da Unifinance, Maria Cristina Machado Mendes.
“Nosso país tem um histórico de juros muito alto, e os
investidores trazem como objetivo inconsciente ter uma
performance
de pelo menos 1% ao mês. Até poucos me-
ses atrás, era possível ter esse retorno facilmente em
ativos sem risco, como a renda fixa. Mas é claro que,
com a queda da taxa de juros, é certo que para o inves-
tidor conseguir maior remuneração
do capital vai precisar correr mais risco”,
afirma Maria Cristina.
Considerando que o cenário atual se mantenha (Selic e
inflação em queda), segundo a especialista, as melhores
opções de investimento são títulos pré-fixados públicos
e privados, e títulos atrelados à inflação, com juros reais
entre 5% e 6% ao ano. Mas, com a alta volatilidade no ce-
nário político, delegar esta avaliação e alocação de valo-
res para um especialista é aconselhável. “Eles terão mais
agilidade para modificar a carteira de investimento, caso
tenha uma melhora rápida no cenário político”.
Independente do processo de queda da taxa Selic, a orientação básica para um investidor é diversificar. “Na
linguagem popular é não concentrar todos os ovos numa mesma cesta. Ou seja, ter investimentos em renda
fixa, renda variável, fundos de investimentos etc.”, ressalta Maria Cristina Machado Mendes.
Segundo ela, “não existe a melhor opção de investimento. O investimento deve estar de acordo com
o perfil de cada poupador”.
Fundos de renda fixa e os títulos pós-fixados tendem a ser
mais afetados com a queda dos juros
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