Jornal SBC 144 · Julho · 2014
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Comitêda SBCpromoveu campanhapelo
DiaMundial SemTabaco
As ações alinhadas, com a campanha da OMS, exigiam maior fiscalização e maior
tributação para o cigarro
O Comitê de Controle do Tabagismo da SBC
realizou em 31 de maio, Dia Mundial Sem
Tabaco, uma campanha de alerta contra o
cigarro eletrônico. Apesar de ser proibido pela
Anvisa no Brasil, o produto pode ser encontrado
facilmente. A comunicação do cigarro eletrônico
é voltada totalmente para o público jovem. O
aparelho funciona a bateria e pode ser carregado
em tomadas ou até mesmo em computadores e
tablets via USB.
“Tudo muito moderno e chamativo. Ainda
por cima, é vendido como produto de menor
risco, pela não combustão da folha do tabaco”,
conta o coordenador do Comitê de Controle do
Tabagismo, Márcio Gonçalves de Sousa. Estudos
têm mostrado a presença de metais pesados
nesses aparelhos, como estanho e sílica, além
de substâncias tóxicas encontradas em líquidos
anticongelamento. “Não existem estudos de
segurança que permitam o seu uso. O fumante
estará inalando novas substâncias que não
sabemos ser mais aceleradoras de outros tipos
de cânceres”, esclarece Márcio de Sousa.
Para o diretor de Promoção da Saúde
Cardiovascular da SBC, Carlos Costa Magalhães,
é a mesma estratégia que era utilizada no passado
pela indústria do fumo. “O cigarro eletrônico
tem sido a ‘porta’ de entrada dos jovens para
o cigarro convencional. Os pais e educadores
devem ficar atentos e alertá-los”, diz. A SBC
cobrou das autoridades que intensifiquem a
fiscalização do produto proibido.
Prevenção
Medição de monóxido de carbono no Parque Potycabana, em Teresina - PI
Foto: Divulgação SBC
Denise de Paula Rosa e Márcio Gonçalves de Sousa do Comitê do
Controle do Tabagismo e Carlos Magalhães discutiram na sede da SBC o
foco da campanha deste ano
Foto: Divulgação SBC
Estudos apontam que
um aumento de 10% no
preço do cigarro pode
reduzir em até 5% o
consumo
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