Jornal SBC 144 | Julho 2014 - page 9

Jornal SBC 144 · Julho · 2014
9
cardíacas, quando e como tratá-las, desde a
utilização ou não de fármacos à indicação do
uso de aparelhos de alta tecnologia – marca-
passos multiprogramáveis, desfibriladores e a
ablação por radiofrequência, fazem parte do
dia a dia das Unidades de Terapia Intensiva
Cardiológicas. Para o domínio desse universo
de diagnósticos e condutas é necessário que
os responsáveis técnicos e diaristas destas
Unidades, tenham uma especializada formação
em cardiologia, obtida por meio de treinamento
adequado, e conhecimento comprovado por
meio de aprovação na prova para obtenção de
Título de Especialista em Cardiologia, realizada
anualmente pela SBC/AMB, e uma das mais
tradicionais e reconhecidas no País. Limitações
nesses conhecimentos derivam consequências
danosas à saúde populacional e um enorme
consumo de recursos financeiros, muitas vezes
desnecessários. Sugerimos, portanto, a absoluta
necessidade de que as Unidades referidas
acima estejam sob a responsabilidade técnica
e orientações diárias de um cardiologista
habilitado.”
Cardiologistas elegemo futuropresidenteda SBC
Marcus Bolívar Malachias será o sexto mineiro a assumir o comando da SBC
no biênio 2016/2017
A Sociedade Brasileira de Cardiologia elegeu
Marcus Vinícius Bolívar Malachias para a
presidência com 1.131 votos contra 894 votos
de Jamil Abdalla Saad, 32 foram nulos e 24 em
branco, de um total de 2.081 votantes. Marcus
é o sexto mineiro a ser eleito; antes dele foram
presidentes mineiros: José Vieira de Mendonça
(1979/1980), Moises Chuster (1969/1970),
Arnaldo Antônio Elian (1962/1963), Aristóteles
Brasil (1953/1954) e Otávio Magalhães
(1947/1948).
Marcus é doutor em cardiologia pela
Universidade de São Paulo, professor de pós-
graduação da Faculdade Ciências Médicas de
Minas Gerais, cardiologista do Hospital Biocor
e diretor do Instituto de Hipertensão de Minas
Gerais. O presidente eleito respondeu às
seguintes perguntas feitas pelo
Jornal SBC
:
Jornal SBC:
Quais os desafios da SBC na atual
conjuntura?
Marcus Bolívar Malachias:
O maior desafio é
tornar a SBC uma entidade triunfante não só
na esfera científica, mas também na defesa
dos interesses profissionais do cardiologista.
A SBC tem hoje 14 mil sócios, só cerca de
nove mil estão adimplentes e pouco mais de
dois mil votam a cada biênio nas eleições.
Isso revela o distanciamento do sócio com a
gestão da entidade e vice-versa. Há 70 anos,
quando a SBC foi fundada, o seu objetivo era
unicamente a atualização científica. Hoje, o
cardiologista tem outras necessidades, sem
nos esquecermos de nosso compromisso social
com o país. Precisamos rever a nossa missão,
em face dos novos tempos, sem, contudo,
perdermos o rico legado de conquistas
científicas e associativas.
Jornal SBC:
Em um dos tópicos da sua
plataforma eleitoral está a valorização e apoio
ao cardiologista. O que será feito?
Marcus Bolívar Malachias:
Oprimeiro passo será
resgatar a maior participação e o envolvimento
do cardiologista nos rumos da SBC, o que
chamamos de Gestão Participativa, por meio
de canais diretos de comunicação, como a
Ouvidoria Geral, o Programa de Benefícios,
menor oneração e a possibilidade de inserção
dos colegas no direcionamento de ações da
entidade. Dentro da SBC, uma Coordenadoria
de Valorização e Defesa junto à Diretoria de
Qualidade focará no diálogo com gestores da
1,2,3,4,5,6,7,8 10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,...36
Powered by FlippingBook