Jornal SBC 144 | Julho 2014 - page 8

Jornal SBC 144 · Julho · 2014
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Diretoria
Chefiadeunidade coronariana eUTI pós-operatória
cabe a cardiologista, afirma SBCaoMinistério
Em nota ao Ministério e à Anvisa, SBC se coloca contra a medida que impede a rapidez
e eficácia necessária para o atendimento qualificado do paciente cardiológico
A Diretoria da SBC encaminhou nota técnica
ao Ministério da Saúde e à Anvisa enfatizando
a necessidade de que as UTI cardíacas sejam
dirigidas por cardiologistas titulados. A nota
é uma contribuição/sugestão da Sociedade
Brasileira de Cardiologia atendendo a Portaria
355 de 10 de março de 2014 do MS/Anvisa,
referente à normatização para “Boas Práticas
para Organização e Funcionamento dos
Serviços de Terapia Intensiva em Adulto,
Pediátrica e Neonatal”, que, na prática,
impede a rapidez e eficácia necessária para
o atendimento qualificado do paciente
cardiológico.
A nota técnica assinada pelo diretor de
Qualidade Assistencial, Pedro Albuquerque, e
pelo presidente da SBC, Angelo de Paola, foi
preparada em virtude da abertura de Consulta
Pública a respeito do tema. O documento
inclui informações sobre os conhecimentos
técnicos especializados, exclusivos do
especialista em Cardiologia, necessários para
o atendimento dos pacientes internados nas
UTI cardiológicas.
É a seguinte a íntegra da nota:
“Contribuição da SBC atendendo ao art.
2 da Portaria 355, de 10 de março de 2014 do
Ministério da Saúde – Gabinete do Ministro –
DOU 11/03/2014 (nº 47, seção 1, pg. 55).
Sugestão: em Recursos Humanos
Um adendo:
Seguindo o artigo 4.1.3 – Em se tratando
de Terapia Intensiva Coronariana, ou
simplesmente Unidade Coronariana (UCo
- Unidade de Terapia Intensiva dedicada
fundamentalmente aos cuidados de pacientes
com Síndromes Coronárias Agudas - SCA) e
Terapia Intensiva Especializada em Cardiologia
ou simplesmente UTI Cardíaca, incluindo
as unidades de pós-operatório de Cirurgia
Cardíaca, os profissionais médicos citados
nesse artigo deverão ser qualificados como
cardiologistas por sua entidade de classe.
Justifica-se tal exigência pela necessidade de
específicos conhecimentos no manuseio de
variadas cardiopatias. No sentido acadêmico
os cardiologistas produziram via sua Sociedade
(Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC –
entidade atualmente com 14.000 associados)
uma dezena de publicações entre consensos e
diretrizes sobre SCA (come semsupradesnível do
segmento ST), além de centenas de publicações
nacionais e internacionais sobre o assunto. A
SBC publicou ainda diretrizes sobre condutas
em outros tipos de pacientes frequentemente
tratados em terapia intensiva cardiológica,
como é o caso daqueles com insuficiência
cardíaca aguda e arritmias potencialmente
fatais. O cardiopata em estado de alto risco,
frequentemente crítico, exige condutas que
não se restringem unicamente ao diagnóstico,
mas também ao exercício da estratificação de
risco (eventos isquêmicos e sangramento), à
sua classe funcional, às suas comorbidades, ao
correto manuseio terapêutico em uma enorme
extensão de opções medicamentosas com uma
imensa complexidade, à vigilância permanente
e ao cuidado com a interação isquemia –
sangramento. O manejo correto de arritmias
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