Jornal SBC 157 | Agosto 2015 - page 10

Jornal SBC 157 · Agosto · 2015
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Prevenção
O administrador de empresas Cristiano Braga
Goldenberg, de 40 anos, foi um dos alunos do
curso de TECA L oferecido no início de julho, na
sede da SBC, no Rio de Janeiro.
Encantado, Cristiano diz que o curso foi
excelente, que aprendeu as noções básicas,
mas extremamente necessárias, para salvar uma
vida, e que espera não ter que fazer uso dos
conhecimentos que recebeu, mas agora se sente
inteiramente capacitado.
O corredor diz que sempre soube da
necessidade de um diagnóstico imediato
e das manobras de ressuscitação quando
alguém sofre parada cardíaca, mas sempre
imaginou que o atendimento era atribuição
exclusiva do médico: “Não tinha ideia de que
o leigo poderia ser treinado para garantir a
sobrevivência do paciente até a chegada do
socorro especializado”, lembra.
Treinamento prático
Cristiano gostou principalmente das aulas
práticas, “me colocaram diante de um
boneco que, embora não tivesse braços,
foi perfeitamente adequado para que eu
aprendesse a força, a pressão e a frequência
com que deve ser feita a massagem cardíaca”.
Aos jornalistas que o entrevistaram, o corredor
contou que quando sofreu a parada cardíaca
durante a corrida teve que esperar por 14
minutos para que a ambulância chegasse, e se
seu coração ficasse parado por esse prazo, a
morte seria certa.
Ele só não morreu, disse, porque o cardiologista
Bruno Bussade que também corria o atendeu
e, quando ficou exausto pelo esforço de
pressionar o tórax de Cristiano, ensinou a
voluntários, que também estavam correndo, a
fazer a massagem, e foi esse trabalho conjunto
que o salvou.
Quando perguntado sobre por que resolveu fazer
o TECA L, a resposta de Cristiano foi curta, “por
gratidão”, e também para que, na eventualidade
de presenciar um ataque cardíaco, saber o que
deve ser feito. E concluiu dizendo que “a gente
sempre pensa que não vai acontecer conosco
nem com algum parente ou conhecido”, mas
as paradas cardiorrespiratórias efetivamente
acontecem quando menos se espera e o Brasil
precisa ter muitos leigos treinados para esse tipo
de atendimento, que permite salvar vidas, “como
a minha foi salva”.
Corredor que sofreu parada cardíaca e foi ressuscitado
fez o TECA L na sede da SBC, no Rio de Janeiro
Em entrevista a uma emissora de TV, ele disse que fez o curso para ter condições
de retribuir o que foi feito por ele
Foto: Divulgação SBC
O corredor Cristiano Braga Goldenberg durante aula do curso de TECA
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