Jornal SBC 151 | Fevereiro 2015 - page 10

Jornal SBC 151 · Fevereiro · 2015
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Highlights
CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
O ano de 2014 foi especial para a Cardiologia Intervencionista, com a consolidação dos implantes
percutâneos de válvula aórtica, que demostraram superioridade à cirurgia de troca valvar nos
cenários de maior risco clínico e a maior disseminação dos
stents
farmacológicos de segunda
geração, que tiveram sua eficácia e segurança no longo prazo confirmados. Por outro lado,
vimos arrefecer o entusiasmo pelas técnicas percutâneas de denervação renal para controle
da hipertensão arterial sistêmica refratária. Nos últimos meses de 2014, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária autorizou o uso clínico em nosso país de duas novas tecnologias: o Mitraclip
e os
stents
biorreabsorvíveis.
O Mitraclip é um dispositivo para uso percutâneo destinado ao tratamento da insuficiência mitral
degenerativa em pacientes considerados de elevado risco cirúrgico. Os
stents
biorreabsorvíveis
demonstraram uma equivalência aos
stents
farmacológicos. Assim sendo, encerramos com uma
sensação de grande desafio e excelentes perspectivas para o ano que se inicia.
Referências:
1) Popma JJ, et al. Transcatheter aortic valve replacement using a self-expanding
bioprosthesis in patients with severe aortic stenosis at extreme risk for surgery, JACC 2014; 2) Serruys
PW, et al. A bioresorbable everolimus-eluting scaffold versus a metallic everolimus-eluting stent for
ischaemic heart disease caused by de-novo native coronary artery lesions (ABSORB II), The Lancet,
Vol. 385, No. 9962; 3) Feldman et al. Percutaneous Repair or Surgery for Mitral Regurgitation,
N Engl J Med 2011; 365:90-91.
Alexandre Abizaid
Hélio Roque Figueira
SBC/SBHCI
CORONARIOPATIAS EMERGENCIAIS E TERAPIA INTENSIVA
Estudo envolvendo mais de 245 mil pacientes, em 1.032 centros nos Estados Unidos, feito pelo grupo
do Staten Island University Hospital em Nova York, mostrou que o uso de betabloqueadores em
pacientes com angina estável, sem infarto prévio e nem IC sistólica não teve benefícios na redução de
mortalidade por todas as causas, infarto, AVC ou necessidade de revascularização, após PCI eletiva.
Os dados se referem ao período de 2005 a 2013, e refletem os resultados trinta dias e três anos após
a PCI, revelando a falta de benefícios na redução de mortalidade com o uso dessas medicações,
prescritas na alta hospitalar. Os dados foram apresentados nas Scientific Sessions do Congresso da
AHA em 2014 e torna a prescrição de betabloqueadores nesses pacientes muito discutível.
Referência:
Parikh V. Abstract #15865. Presented at: American Heart Association Scientific Sessions;
Nov. 15-19, 2014; Chicago.
Luiz Bezerra Neto
SBC/DCC/GECETI
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