Jornal SBC 151 · Fevereiro · 2015
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CORONARIOPATIAS EMERGENCIAIS E TERAPIA INTENSIVA
Estudo francês publicado em dezembro de 2104 no JACC mostra que o uso de epinefrina durante
PCR pós-Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) aumentou a chance de morte e danos cerebrais graves.
O mesmo foi realizado com 1.556 pacientes com PCR fora do hospital, num período de doze
anos, mostrando que 63% dos pacientes que não receberam epinefrina tiveram alta hospitalar,
com poucas ou nenhuma sequela, enquanto apenas 17% dos que receberam epinefrina tiveram
esse desfecho. A dose e o momento do uso também parecem interferir nesses resultados, de
forma que doses maiores e realizadas mais tardiamente parecem mais deletérias. Evidentemente
isso não muda os
guidelines
vigentes imediatamente, mas aponta a necessidade de mais estudos
com epinefrina, no cenário a PCR pós-IAM.
Referência:
Florence Dumas, MD, PhD; Wulfran Bougouin, MD, MPH; Guillaume Geri, MD, MSc;
Lionel Lamhaut, MD; Adrien Bougle, MD; Fabrice Daviaud, MD; Tristan Morichau-Beauchant, MD;
Julien Rosencher, MD; Eloi Marijon, MD, PhD; Pierre Carli, MD, PhD; Xavier Jouven, MD, PhD;
Thomas D. Rea, MD, MPH; Alain Cariou, MD, P. J Am Coll Cardiol. 2014;64(22):2360-2367.
Luiz Bezerra Neto
SBC/DCC/GECETI
