Jornal SBC 158 | Setembro 2015 - page 21

Jornal SBC 158 · Setembro · 2015
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Highlights
CARDIOLOGIA COMPORTAMENTAL
A utilização de aplicativos de smartphones é ferramenta com grande potencial para modificação
do comportamento e subsequente melhora nos níveis de exercícios, aderência medicamentosa,
cessação do tabagismo e alimentação saudável. Esses dispositivos também possibilitam a realização
de novos estudos clínicos, com a possibilidade de incluir grande número de voluntários em
pouco tempo e acelerar o desenvolvimento científico nessa área. Está em andamento estudo
conduzido pela Universidade de Stanford em parceria com American Heart Association, que
incluiu em apenas duas semanas 30 mil indivíduos através do aplicativo MyHeart Counts. Serão
avaliados movimentação utilizando sensores do próprio aparelho, exercícios físicos e fatores de
risco cardiovasculares. O aplicativo também permite que os usuários comparem sua
performance
e recebam orientações para melhorar sua saúde.
Fernando Morita Fernandes Silva
Mauricio Wajngarten
SBC/DCC/GECC
CARDIOLOGIA DA MULHER
Não se sabe se há diferenças de gênero no curso clínico, diagnóstico e tratamento do infarto agudo
do miocárdio (IAM). Foram comparados, segundo gênero, dados de todos os indivíduos com IAM
(48.118; 35,4% mulheres) atendidos prospectivamente em Västra Götaland, Suécia, entre 1/1995
e 10/2014 (SWEDEHEART). Como grupo, mulheres tiveram melhor prognóstico de sobrevida
que homens, exceto mulheres mais jovens (idade < 60 anos) e aquelas com IAM com elevação
de ST, mais propensas a desenvolver choque cardiogênico pré-hospitalar e menos propensas a
receber o melhor tratamento baseado em evidência na alta hospitalar (betabloqueadores, IECA,
BRA, estatinas, antiagregantes plaquetários). Diferenças no tratamento foram mantidas ao longo
do estudo.
Referência
: J Am Heart Assoc. 2015;4:e001995 doi: 10.1161/JAHA.115.001995
Maria Alayde Mendonça
SBC/DCM
CORONARIOPATIAS EMERGENCIAIS E TERAPIA INTENSIVA
O trial RITA 3 trouxe recentemente novos dados do seu
follow up
de dez anos. Compararam-
se a estratégia invasiva precoce e uma estratégia seletiva (apenas em isquemia recorrente), em
pacientes com síndromes coronarianas sem supra de ST. Os resultados em cinco anos haviam
mostrado redução da mortalidade por todas as causas de 24%, porém essa diferença não se
sustenta não havendo diferença significativa na mortalidade por todas as causa 25,1%
vs
. 25,4%
1...,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20 22,23,24,25,26,27,28,29,30,31,...36
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