Um exemplo
        
        
          para os gaúchos
        
        
          e para o Brasil
        
        
          
            Jorge Pinto Ribeiro, uma perda prematura para
          
        
        
          
            a Cardiologia
          
        
        
          
            Reinaldo Hadlich é Prof. do Instituto de Pós
          
        
        
          
            Graduação Médica do Rio de Janeiro. Presidente
          
        
        
          
            do Centro de Estudos do Instituto Estadual de
          
        
        
          
            Cardiologia Aloysio de Castro. Vice-presidente do
          
        
        
          
            Departamento de Clínica Cardiológica da Socerj
          
        
        
          Histórias da Cardiologia
        
        
          
            por Reinaldo Hadlich
          
        
        
          “Jorge Pinto Ribeiro foi um car-
        
        
          diologista brilhante, um orador
        
        
          excepcional, um professor de-
        
        
          dicado, um pesquisador respei-
        
        
          tável e minha admiração está
        
        
          ligada ao seu conjunto de rea-
        
        
          lizações. Foi alguém que cons-
        
        
          truiu, que sempre procurou um
        
        
          patamar de excelência para a Cardiologia brasileira. Des-
        
        
          sa forma, empenhou-se em fazer e exigir o melhor no seu
        
        
          entorno. Era um líder inovador e produtivo, sempre procu-
        
        
          rando a verdade científica.
        
        
          Fez uma grande carreira acadêmica: “Fellow” em Car-
        
        
          diologia, Brigham and Women`s Hospital, pela Harvard
        
        
          University (1982-1985); Doutor em Ciências, pela Bos-
        
        
          ton University (1985); entre os vários cargos que ocu-
        
        
          pou na USP, UFRGS, Hospital Moinhos de Vento e
        
        
          na SBC (vice-presidente 1999-2001). Pesquisador do
        
        
          CNPq, desenvolveu linhas de pesquisa em várias áreas
        
        
          da Cardiologia. Ao longo da carreira de orientador de
        
        
          pós-graduação, formou 31 mestres e 26 doutores. (o
        
        
          currículo completo está no link: 
        
        
        
          /
        
        
          setembro/historias-da-cardiologia.html .
        
        
          Jorge foi incansável no desenvolvimento da pesquisa
        
        
          na Faculdade de Medicina da UFRGS e no Hospital de
        
        
          Clínicas. Foi coordenador da Pós-Graduação em Car-
        
        
          diologia e coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-
        
        
          -Graduação (GPPG). Sua gestão foi caracterizada pela
        
        
          enorme expansão destas pesquisas, pelos desafios aos
        
        
          conceitos estabelecidos, pela sua postura ética e reno-
        
        
          vação de valores.
        
        
          Ele sempre dizia que suas maiores paixões eram sua car-
        
        
          reira acadêmica e sua família. Mas sua atuação ia muito
        
        
          além disto. Era um desportista: foi nadador quando jovem,
        
        
          fazia esqui aquático e surfava. Tinha grande inserção so-
        
        
          cial, frequentando e fazendo parte das atividades sociais de
        
        
          Porto Alegre. Toda esta atividade só era possível pela sua
        
        
          imensa energia, sua vontade de fazer coisas, sua curiosi-
        
        
          dade pelas várias facetas da vida e pela sua inteligência.
        
        
          Jorge faleceu em 23 de agosto de 2012, aos 57 anos, no
        
        
          auge de sua carreira, de um tumor raro. Uma morte prema-
        
        
          tura e sem sentido para todos os seus amigos. Muito cedo
        
        
          perdemos todos, porque Jorge ainda iria fazer muito”,
        
        
          Jorge Ilha Guimarães.
        
        
          Recentemente solicitei ao Jorge Ilha Guimarães, presidente da SBC
        
        
          (biênio 2010/2011), que prestasse uma homenagem à Cardiologia
        
        
          do Rio Grande do Sul lembrando alguém que tivesse colaborado
        
        
          com o desenvolvimento da nossa especialidade. Imediatamente
        
        
          ele citou o professor Jorge Pinto Ribeiro, um exemplo para os
        
        
          gaúchos e para o Brasil. A seguir, o relato de Jorge Ilha.
        
        
          
            Jorge Pinto Ribeiro
          
        
        
          
            Jorge Ilha Guimarães
          
        
        
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