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Jornal SBC 141 · Abril · 2014
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houve diferenças significativas entre os grupos de tratamento nas taxas dos componentes individuais
do endpoint primário ou na mortalidade por todas as causas. Durante o acompanhamento, houve
uma diferença modesta consistente na pressão arterial sistólica favorecendo o grupo
stent
(-2,3
mmHg; IC 95 %, -4,4 para -0,2, P = 0,03). O período de seguimento no estudo foi de 43 meses
(intervalo interquartil, 31-55). Como conclusões: o implante de
stent
na artéria renal não conferiu
um benefício significativo no que diz respeito à prevenção de eventos clínicos, quando adicionado
à terapia médica em pessoas com estenose da artéria renal de origem aterosclerótica e hipertensão
arterial ou doença renal crônica.
Referência:
N Engl J Med 2014; 370:13-22
Fábio Fernandes
SBC/DCC
CARDIOLOGIA COMPORTAMENTAL
No final de 2013 a American Heart Association publicou documento denominado “Better Population
Health Through Behavior Change in Adults: A Call to Action” (
Circulation
, 2013 Nov 5, 128(19):2169-
76), cuja finalidade maior é a prevenção de eventos cardiovasculares, processo que é intrínseco à
atuação da cardiologia comportamental. Como consequência, a I Diretriz Brasileira de Prevenção
Cardiovascular (Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v.101, n.6, Suplemento 2, dez. 2013) destaca
os “Fatores de risco psicossociais” em grande profundidade. Um dos principais focos desta área de
atuação é desenvolver e promover habilidades motivacionais que sejam capazes de modificar o
comportamento do paciente buscando estilos de vida mais saudáveis. Inúmeras teorias procuram
entender o comportamento do paciente frente aos fatores de risco cardiovascular. Fundamentalmente
todas essas teorias passam pelos seguintes pontos: 1) A percepção do risco por parte do paciente;
2) O envolvimento do paciente no processo de tomada de decisão relativas a ações que tenham
impacto sobre sua saúde. A literatura médica tem demonstrado que estratégias preventivas são mais
eficazes quando o paciente se percebe como integrante de um time (composto pelo médico, por
familiares e o próprio paciente). Como time todos têm o mesmo objetivo. O objetivo é a adoção de
estilo de vida mais saudável.
Referência:
Circulation. 2013 Nov 5;128(19):2169-76
Marcelo Katz
SBC/DCC/GECC
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS E CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA (1)
Avanços no tratamento de pacientes com Cardiopatias Congênitas (CC) trouxeram uma melhora
considerável na sobrevida dessa população. Esses pacientes frequentemente apresentam complicações
em longo prazo, com necessidades singulares que por vezes fogem à competência do cardiologista
geral. Diretrizes internacionais têm recomendado que esses pacientes sejam acompanhados em
serviços especializados em CC no adulto.
Com o objetivo de avaliar o impacto do encaminhamento a tais serviços sobre a taxa de mortalidade,
os autores examinaram o banco de dados de CC de Quebec (n = 71.467). Houve uma redução
significativa da mortalidade a partir de 2000, associada de forma independente ao seguimento em
centros especializados, suportando esse modelo de atendimento.
Referência:
Mylotte D et al.
Circulation
, 03 de março de 2014
Maria Angélica Binotto
SBC/DCC/CP
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