Jornal SBC 141 | Abril 2014 - page 24

Jornal SBC 141 · Abril · 2014
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CARDIOPATIAS CONGÊNITAS E CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA (2)
Dois artigos publicados na revista
Circulation
merecem destaque:
Effects of Promoting Longer-
Term and Exclusive Breastfeeding on Cardiometabolic Risk Factors at Age 11.5 Years. A Cluster-
Randomized,Controlled Trial. Circulation.2014;129:321-329. Martin et al.
, descrevem estudo
de intervenção realizado na Bielorrússia, avaliando a influência do aleitamento materno exclusivo,
sobre o risco cardiometabólico na infância. O segundo,
Prenatal Diagnosis, Birth Location,Surgical
Center, and Neonatal Mortality in Infants With Hypoplastic Left Heart Syndrome. Circulation.
2014;129:285-292. Morris et al.
analisam o impacto do diagnóstico fetal e do parto próximo a
centros de referência em cirurgia cardíaca pediátrica quanto a mortalidade.
Referência:
Circulation
, 2014;129.
Isabel Guimarães
SBC/DCC/CP
CARDIOLOGIA NUCLEAR
A Incompetência Cronotrópica (IC) tem sido relatada como causadora de falsos-negativos na
Cintilografia Miocárdica de Perfusão (CMP) mas é um conhecido marcador de risco cardiovascular.
Assim, não atingir a FrequênciaCardíaca (FC) submáxima numaCMP leva sistematicamente à realização
de estresse farmacológico. Este artigo avaliou se a IC afeta a avaliação de isquemia miocárdica e de
prognóstico na CMP. Foram seguidos, durante 36 ± 20 meses, 391 pacientes submetidos a CMP,
excluindo-se aqueles que usavam agentes com efeito cronotrópico negativo. A IC foi encontrada em
11,5%; esses pacientes tiverammaiores escores de perfusão. Na regressão logística, a história de infarto
e o escore diferencial (extensão e intensidade de isquemia) foram preditores independentes de IC. A
presença desta última associou-se com a ocorrência de morte, infarto e revascularização miocárdica.
Dessa forma, sugere-se que, com esforço máximo e desde que agentes cronotrópicos negativos
estejam ausentes, mesmo não sendo atingida a FC submáxima, é possível manter a capacidade de
avaliação de isquemia e prognóstico através da CMP.
Referência:
Coronary Artery Disease. March 2014 - Volume 25 - Issue 2 - p. 167-171
Ronaldo S. L. Lima
SBC/DERC/GECN
FISIOLOGIA CARDIORRESPIRATÓRIA
Neste número do
Jornal da SBC
, o Departamento de Fisiologia Cardiorrespiratória (DFCVR) destaca
um estudo recentemente publicado que sugere um papel importante na desregulação dos canais
de cálcio na Fibrilação Atrial (FA). Anormalidades da manipulação de cálcio podem promover a
atividade ectópica, anormalidades de condução e facilitação da reentrada relacionados com FA.
Nesse artigo de revisão, resumem-se os transtornos de manipulação do cálcio que ocorrem na FA
e discute-se o seu impacto sobre os mecanismos arritmogênicos fundamentais, em especial o papel
do Ca++ multifuncional/calmodulina dependente da proteína quinase tipo II (CaMKII), que atua
como uma importante ligação entre a desregulação de Ca++ e arritmogênese. A expressão e a
atividade CaMKII são aumentadas na FA e promovem arritmogênese através da fosforilação de vários
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