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Nova diretoria aborda assistência médica

A SBC enfrenta cada vez mais, nos últimos anos, novos desafios. O que em 1943 se iniciara, nos sonhos de Dante Pazzanese, como uma sociedade “associativa e cultural” evoluiu não somente por opção, mas principalmente por necessidade, para uma organização extensa, complexa e necessariamente profissional, que é a SBC destes nossos dias. 

Os reclamos da comunidade médica pela necessária manutenção dos preceitos que postulam e determinam o exercício profissional são cada vez mais freqüentes e vêm de todas as partes. Afinal, em quase todos os momentos em que um médico exerce sua arte da cura, existe entre ele e seu paciente a figura tuteladora e, na maioria das vezes, intimidadora de um “intermediário” de saúde. 

A Sociedade Brasileira de Cardiologia – como, aliás, todas as outras sociedades de especialidade – não dispunha, nem filosófica (aspecto que, em alguns colegas, ainda persiste), nem estatutariamente, das ferramentas legais para o enfrentamento desse novo desafio. 

Um olhar superficial sobre o assunto ainda pode induzir ao erro da análise política e corporativa. Mas uma análise mais cuidadosa verifica facilmente que, nos tempos de agora, não é somente o médico que é sobrepujado pelos preceitos econômicos do mercantilismo. É, principalmente, o nosso objetivo – o paciente –, ser que nos procura em busca de alento e conforto para dores que, nem sempre, podemos sanar, que é colocado como um número, um caso, um “algo” que não pode ser avaliado pelas leis de consumo e/ou de serviço, tão em moda em nossa sociedade supérflua e consumista. Somos nós; é ele. É a sagrada relação entre um médico e seu paciente que, atualmente, mais do que nunca, está em confronto com as “leis” do mercado contemporâneo. E esse quadro, infelizmente, nada tem em fundamento com os sonhos do dr. Dante! 

Mas é real. E, desgraçadamente, muito real. E não pertence somente a nossa sociedade ou a nosso país. Recentemente, artigo publicado no Lancet (2002;359:520-2), intitulado “Medical professionalism in the new millennium: a physicians’ charter”, tenta interpretar e codificar, por meio de postulações do European Federation of Internal Medicine, do American College of Physicians e do American Board of Internal Medicine, o exercício da medicina no mundo, face às mudanças sociais, culturais e econômicas do novo milênio. 

Esse assunto, apesar de não ser novo, é extremamente atual. Seus reflexos e conseqüências se desdobram em nosso dia-a-dia, e quem quiser maior certificação sobre esse aspecto, em nossa sociedade cardiológica, é só consultar (e freqüentar) a nova sessão de Ouvidoria, instituída pela presidência atual da SBC. Lá encontrarão os fundamentos e os argumentos sobre o que estou escrevendo. Por esse motivo, foi desenvolvida a Diretoria de Qualidade Assistencial da SBC. Essa diretoria já havia sido anteriormente criada pela última revisão de estatuto (Art. 49; & único, pág. 18) e aprovada pela AGE de 31 de julho de 2000, por ocasião do LV Congresso da SBC. Como não houve tempo hábil para sua locação em qualquer uma das “chapas” concorrentes ao processo eleitoral, ficou acertada sua “nomeação”, para posterior referendum, nas próximas eleições, em que o diretor de Qualidade Assistencial constará, por força de fato e de direito, da composição de qualquer chapa aspirante à eleição da SBC e/ou das sociedades filiadas. 

A função dessa diretoria será motivo de futuros esclarecimentos e, principalmente, aprimoramentos e discussões, mas, no momento, é responsável por muito trabalho e pelo sonho de acreditar ainda ser possível dignificar o trabalho médico e, especificamente, do cardiologista, mantendo viva a esperança de Dante Pazzanese.

Emilio Cesar Zilli 
Diretor de Qualidade Assistencial

 




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