Jornal SBC 161 · Dezembro · 2015
6
de interesse faz parte dos princípios inegociáveis
de uma sociedade científica ética e cidadã.
O nosso empreendedorismo nunca precisou
ser tão lúcido como agora.
As formas de subsídios da indústria estão cada vez
mais restritas pela finitudeprogressivada alocação
de recursos, exigindo um empreendedorismo
racional e maximamente eficiente.
Nossos projetos sociais e nossas campanhas
precisam estar alinhados com os gestores de saúde
para terem realmente impacto e financiamento.
O Brasil Prevent reorganizado e o Museu do
Coração foram os embaixadores iniciais dessa
interação alinhada com o Congresso Brasileiro de
Cardiologia, necessitando de apoio e continuidade.
O projeto de Boas Práticas Clínicas, um produto
intelectual concebido no início da gestão com estas
características ganhou, após intensos e incansáveis
debates metodológicos e estratégicos, a confiança,
a aprovação e o financiamento substanciais do
Ministério da Saúde (MS) e da American Heart
Association (AHA). A execução será realizada pelo
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional
do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) através
do Hospital do Coração (HCor - SP, fomento do MS)
com o suporte técnico e econômico da AHA.
Além de aproximadamente 2,5 milhões de reais já
conseguidos de forma inédita e diferenciada, existe
um conhecimento fantástico a ser incorporado,
incluindo a possibilidade de ampliação dos centros
participantes nos anos e gestões vindouras.
Algumas iniciativas da SBC de alta qualidade foram
consolidadas graças a dedicação, competência,
entusiasmo e legítimo espírito associativo.
Assim como o
Livro-Texto da SBC
, os cursos
digitais de reciclagem e as Palestras On Demand
dos congressos já se inseriram irreversivelmente
na formação e atualização do nosso cardiologista.
A educação continuada voltada para as
emergências cardiovasculares tiveram um grande
desenvolvimento nessa gestão e exemplificam
a nossa obrigação de desobstruir, facilitar e
respeitar a história de grandes projetos iniciados
em gestões anteriores.
Foi com grande atenção que verificamos a
história desses empreendimentos educacionais.
Apesar da excelência dos cursos de reanimação
da AHA, amplamente difundidos no Brasil, houve
entendimento de vários colegas no passado
sobre a necessidade de cursos customizados mais
amplos, para atender a realidade nacional. Assim,
vários
experts
em metodologia de simulação
realística trabalharam de forma incansável
na elaboração desses cursos, uma conquista
indiscutível da gestão de Jadelson Andrade,
que assim nos cedeu a grata e inquestionável
responsabilidade de continuarmos investindo
com todos os esforços na continuidade desse
projeto na nossa administração, habilmente
conduzida pelo coordenador dos nossos Cursos
de Emergência, Antonio Carlos Carvalho.
Assim, graças à sua qualidade reconhecida
por todos, os cursos TECA (Treinamento em
Emergências Cardiovasculares) obtiveram a
certificação dos órgãos de qualidade (JCI, CBA e
ONA), foram adotados pela Comissão Nacional
de Residência Médica (CNRM), têm o máximo
respaldo da nossa base departamental e estão
sendo adotados pelamaioria das nossas regionais,
ocupando progressivamente o espaço outrora
ocupado apenas por cursos internacionais.
A competitividade dessa ferramenta da SBC está
sendo atualmente reivindicada para fazer parte
dos cursos de treinamento para os voluntários
dos Jogos Olímpicos. Apesar das dificuldades
presentes nas disputas verdadeiramente
meritocráticas em nosso meio, temos recebido
um apoio importante de várias autoridades
olímpicas e ministros que entendem a nossa
reivindicação cidadã de não desistir dessa grande
e imperdível oportunidade de visibilidade
internacional e de aprimoramento dos nossos
processos educacionais.
Outro grande produto da simulação realística em
insuficiência cardíaca, o SAVIC, teve também
grande visibilidade e está sendo inserido na
Europa, com o gigantesco apoio dos nossos
irmãos da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.
Essa reputação nacional de grande sociedade se
estendeu há muito tempo internacionalmente.