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   :. DIRETORIA - QUALIDADE ASSISTENCIAL .:  



A SBC, a DQA e a Cooperativa de Cardiologia

Há pouco mais de um ano, quando a Diretoria de Qualidade Assistencial iniciou sua atividade, todos nós que desenvolvemos e normatizamos sua atuação já imaginávamos o tamanho e a dificuldade da nossa tarefa.

Em primeiro lugar, era importante desenvolver conceitos, remover resistências e sedimentar novas idéias. Conscientizar de forma clara e objetiva toda a comunidade cardiológica sobre os novos tempos e valores que vivemos. Esta ação obviamente demandaria tempo e recursos, e, desde os primeiros momentos, nossa diretoria estava convicta da imperiosa necessidade desta missão. E esta convicção não era resultado do pensamento de meia dúzia de expertos ou clarividentes. Era, antes de tudo, uma constatação estatística, oriunda de uma ampla pesquisa realizada em 2001 entre os associados da SBC. Lá, de forma clara e inconteste, os cardiologistas brasileiros definiam o que queriam e o que pensavam do papel a ser exercido pela SBC. Assim, o trabalho em defesa do exercício profissional da Cardiologia no Brasil se apresentou como o segundo dever de nossa sociedade, sendo precedido apenas pela primeira opção, que destacava o papel de promover o desenvolvimento técnico-científico.

Obviamente, para qualquer observador (e cardiologista militante), estas duas querências estão intimamente associadas. Tornou-se impossível, pelas draconianas regras de nosso mercado de trabalho, atingirmos o ideal técnico científico sem um mínimo de respaldo profissional e econômico. Ressalvadas as exceções sempre existentes (e ainda bem), poucos de nós poderemos freqüentar cursos, congressos, assinarmos revistas ou até mesmo fazermos frente à avalanche de taxas, anuidades e compromissos que carregamos sem um retorno econômico suficiente por nosso trabalho.

Em segundo lugar, precisávamos difundir a DQA como instrumento eficiente e competente de atuação, em cada local onde existisse uma representatividade da SBC. E isto se deve não somente ao fato de que os problemas devem ser sempre específicos, mas também por ser impossível a uma administração central gerir e coordenar todas as atuações regionalizadas nos mais diferentes locais e interesses. Por isso, trabalhamos (ainda hoje) arduamente pela formação das Diretorias de Qualidade Assistencial em cada SBC filiada. Felizmente, podemos dizer hoje que, salvo exceções, apenas no Espírito Santo, por condições extremamente específicas, não temos uma Diretoria ou temporariamente (à espera da reforma dos estatutos) Comissão de Qualidade Assistencial estabelecida e atuante.

Em terceiro lugar precisávamos aprender! Aprender a ouvir. Aprender a pensar. E fundamentalmente aprender a agir! A atuação de uma sociedade de especialidade não pode ser panfletária, corporativista, nem facciosa ou política. Afinal, foi exatamente por não concordarmos com atitudes deste tipo, comandadas por aqueles que deveriam nos (bem) representar, que surgiu a necessidade da DQA. Mas, se por um lado tudo isto era claro, pelo outro também era a necessidade de iniciarmos o trabalho e consequentemente todo nosso aprendizado prático. Nosso, da DQA e da SBC.

Enfrentamos, neste primeiro ano, toda sorte de problemas! Tivemos de nos confrontar, e várias vezes, com os mais diversos prestadores de serviços de saúde. Desde planos de saúde, propriamente ditos, particulares e até mesmo cooperativas. E sempre que o fizemos, o foi com os alicerces jurídicos cabíveis, e em defesa de nosso associado. Nunca subestimamos a grandeza dos problemas que enfrentaríamos, mas realmente não contava, nem em minha mais pessimista visão, com a verdadeira enxurrada de arbitrariedades e interesses com os quais nos confrontaríamos. Mas exercemos digna e legalmente o nosso trabalho, a ponto de, por ele, estarmos neste momento sendo processados judicialmente pela Unimed de Curitiba, que busca, através de instrumentos judiciais, impedir que nos manifestemos em defesa da ética e da legalidade. Isto, obviamente, não nos intimida! Só reforça a nossa certeza de que estamos no caminho correto e devemos continuar.

Temos viajado muito por nosso país. Ouvido com atenção aquelas vozes que no passado pouco ouvimos. E muito temos aprendido. Mas a maior lição que temos aprendido é que, sem união, pouco podemos fazer. É aquela que nos ensina que ser corporativo é diferente de ser corporativista. Ser solidário não é ser estúpido ou inconseqüente. Ser cardiologista é entender que, além da ausculta, precisamos aprender a escutar e principalmente entender que estamos todos, queiramos ou não, navegando nos mesmos mares.

E é principalmente ouvindo os apelos de nossos colegas das mais distantes regiões que, cada vez mais, estamos nos convencendo de que a criação de Cooperativas de Cardiologistas, estimuladas pela SBC, se converte, nestes tempos, em uma ação clara e consistente em defesa de nossa profissão e da nossa meta social. Os desafios não são poucos! As dúvidas também não! Mas vemos com cada vez mais evidências as necessidades e as vantagens desta ação. Nem tudo são flores! Alguns Estados possuem cooperativas que vão muito bem. Em outros, a operação fraqueja. E, em alguns, não consegue sair do papel. Mas o que percebemos, e mais uma vez nitidamente, é que, se unirmos nossos esforços e aprendizado, talvez consigamos encontrar um caminho e acender não uma luz, mas uma verdadeira estrela em nosso túnel. E é isto que agora, neste segundo ano da nossa administração, (e se Deus quiser, nos futuros da próxima gestão) estamos propondo. Assim como, no alvorecer da DQA, sonhamos e transformamos a utopia, agora é hora de com a DQA e a SBC continuarmos o nosso processo de transformar a realidade.

Emilio Cesar Zilli
Diretor de Qualidade Assistencial - SBC

 



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