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DIRETORIA -
MANIFESTO .: |
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Operadoras
vão ter de assinar contrato com hospitais
As operadoras de planos de
saúde estão obrigadas a partir de 7 de julho a firmar contratos com os
hospitais que integram suas redes de prestadores de serviços. A determinação
é da Agência Nacional de Saúde Suplementar e foi publicada no Diário Oficial
da União, através da Resolução Normativa (RN) nº 42, que estabelece ainda
as cláusulas básicas destes contratos, inclusive a que garante ao hospital
prestador de serviços a revisão anual dos preços contratados.
De acordo com nota divulgada pela ANS, esta medida é fruto de mais de 12 meses
de estudos e debates com os diversos segmentos da saúde suplementar, tanto no
âmbito de uma câmara técnica para elaboração dos termos do contrato
básico, quanto em consulta pública. O diretor-presidente da Agência,
Januário Montone, explicou que o governo não está dizendo como deve ser a
revisão, nem qual será o índice de reajuste nos valores dos procedimentos.
"Isso deve ser objeto de discussão entre as partes. O que estamos dizendo
é que deve haver um contrato - que hoje às vezes inexiste - e que neste
contrato deve haver uma cláusula determinando uma revisão anual negociada
entre as partes", resumiu Montone.
Ele acredita que as novas regras reduzirão os conflitos entre operadoras e
prestadores de serviços. E anunciou que, em breve, a ANS também estará
obrigando as operadoras a assinar contratos com laboratórios e clínicas e,
numa terceira etapa, com os médicos: "Já estão bem avançados os estudos
das cláusulas básicas do contrato com laboratórios e clínicas. Nossa
próxima meta será a contratualização das relações entre médicos e
operadoras", revelou o diretor-presidente.
A nova regulamentação, segundo Montone, garante também a continuidade da
assistência à saúde dos usuários, em caso de rompimento do contrato entre a
operadora e o hospital prestador de serviços. "As relações entre
operadoras e prestadores de serviços vão se estabilizar com a obrigatoriedade
de assinatura de contratos, o que beneficiará também os consumidores de planos
de saúde", conclui.
Extraído do site Medicina S/A
www.medicinasa.com.br
Médicos paulistas vão unir forças contra operadoras
Cerca
de 400 médicos paulistas reunidos no dia 11de julho no Centro de
Convenções Rebouças, em São Paulo, decidiram fazer um dia de
paralisação em suas atividades, contra a falta de reajuste nos valores
pagos a eles pelas operadoras de planos de saúde. A data, que será
decidida ainda este mês, marcará a continuidade de um protesto que já
está sendo realizado pela categoria no Rio de Janeiro e deve ser repetido
por profissionais dos outros Estados.
O objetivo da Associação Médica Brasileira é realizar uma
paralisação nacional, caso as empresas continuem pagando preços
considerados muito baixos por consulta médica. Atualmente, o pagamento
médio é de R$ 20, porém os médicos pleiteiam um mínimo de R$ 39.
Entre as estratégias para pressionar as operadoras discutidas durante o
encontro em São Paulo, estão a de buscar parceria com pacientes para
obter sua solidariedade no confronto com as empresas; a definição de
preço vil, isto é, o que não deve ser aceito pelos médicos nos seus
procedimentos; e a escolha de um plano de saúde que deverá ser boicotado
para servir de exemplo aos demais. Os médicos reclamaram também das
pressões que sofrem dos planos para não pedir exames, internações e
cirurgias, como forma de diminuir seus custos com os prestadores. Extraído
do site Medicina S/A
www.medicinasa.com.br
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Manifesto
da frente Parlamentar de Saúde
A saúde pública acumulou,
durante décadas, uma enorme dívida para com a nação brasileira. A oferta de
saúde universal, digna e de qualidade para todo cidadão tornou-se a meta
principal do SUS desde a promulgação da Constituição de 1988.
O resgate desta dívida social teve importante avanço com a aprovação no ano
de 2000 da Emenda Constitucional nº 29 que, após 8 anos de tramitação no
Congresso Nacional e graças à mobilização de todos os atores comprometidos
com a saúde pública (usuários, prestadores de serviços públicos e privados,
classe política, gestores e autoridades), vinculou receitas orçamentárias
para a saúde nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal),
sinalizando um efetivo compromisso dos governantes com o setor da saúde, à
semelhança do que já vinha acontecendo com a educação há 20 anos.
A Frente Parlamentar da Saúde, integrada por 200 deputados federais e 18
senadores de todos os partidos políticos, em Assembléia Geral realizada em
02/07/03, na Câmara dos Deputados, decidiu, por unanimidade, repudiar toda e
qualquer proposta apresentada no contexto da Reforma Tributária que pretenda
retirar recursos orçamentários destinados às áreas sociais (saúde,
educação e seguridade).
As propostas de desvinculação de 20% das receitas da União (DRU), dos Estados
(DRE) e dos municípios (DRM) golpeiam mortalmente os setores sociais do país
retirando, em 2004, 12 bilhões de reais da saúde e 16 bilhões de reais da
educação, e afrontam a vontade majoritária da nação representada pelo
Congresso Nacional que aprovou a Emenda Constitucional nº 29 com apenas 4 votos
contrários entre seus 594 membros.
A Frente Parlamentar da Saúde não permitirá que reuniões de cúpula, fora do
âmbito do Congresso Nacional, e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social sejam utilizadas como instrumentos de pressão sobre os representantes
legitimamente eleitos, para retirar direitos sociais arduamente conquistados
pelo povo brasileiro, e utilizará todos os instrumentos políticos e
regimentais para impedir a aprovação das
desvinculações orçamentárias constitucionais, assim como lutará também
para
manter na Lei de Diretrizes Orçamentárias/2004 a proibição de
contingenciamento dos orçamentos destinados à área social, aprovada pela
Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
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