Capacitação
de profissionais é realizada
em São Paulo
Setenta profissionais participaram da capacitação para o Projeto
Epidemiológico Nacional da SBC/Funcor. Eles serão os coordenadores nas 71
cidades participantes da pesquisa e foram treinados para o preenchimento
uniforme dos questionários e para a realização dos exames necessários ao
estudo. O evento foi realizado no Meliá Office Park, em São Paulo, no mês de
fevereiro e pretende envolver 800 profissionais da saúde em todo o País nos
próximos dois anos.
Para o diretor-executivo da
SBC/Funcor, Raimundo Marques Nascimento Neto, esta foi a primeira etapa do maior
estudo sobre a prevalência dos fatores de risco cardiovasculares já realizado.
"Nós precisamos do engajamento de toda a comunidade da cardiologia para a
concretização deste levantamento", conclama. Ele conta que a iniciativa
de mapear os fatores de risco cardio-vasculares tem o apoio do Ministério da
Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais. "Com os resultados, será
possível promover ações de prevenção e comparar o impacto delas na saúde
da população", prevê.
O presidente da Sociedade
Brasileira de Cardiologia, Antônio Felipe Simão, lembra que o Projeto
Epidemiológico é uma das quatro metas primordiais da atual gestão. "Ele
será, sem dúvida, o grande serviço que a Cardiologia Brasileira irá prestar
à toda sociedade", acredita. O presidente-futuro da SBC, José Péricles
Esteves, que também esteve presente ao evento, ressaltou a preocupação da
entidade em fornecer aos cardiologistas dados de uma pesquisa nacional para que
eles não precisem mais se basear apenas em estatísticas européias ou
americanas.
 |
 |
O Projeto Epidemiológico tem o
apoio do Instituto Vox Populi e será realizado com metodologia baseada no
Estudo MONICA, utilizado pela Organização Mundial da Saúde na Europa. O
evento em São Paulo teve o patrocínio da Libbs Farmacêutica e as demais
etapas do projeto serão patrocinadas pelas seguintes empresas: AstraZeneca
– dislipidemia, Biosintética – hipertensão e Libbs –
doença vascular periférica. As empresas Omron, Roche e Libbs também
estarão doando equipamentos para aferição de pressão arterial, colesterol,
triglicérides e glicemia e doppler para o índice tornozelo-braquial.
Programa
"De Coração" comemora seis anos transmitido por seis emissoras
O
programa de televisão da Sociedade Brasileira de Cardiologia/Funcor, "De
Coração", completou seis anos de existência no dia 25 de janeiro, e já
é transmitido por seis emissoras: TV Universitária de Uberaba, TV Assembléia
de Vitória, TV Universitária de Natal, TV Senado, TV Comunitária de São
Paulo e TV Universitária de Uberlândia. Algumas das quais o levam ao ar
várias vezes, como a TV Senado, que o transmite nos sábados às 4h30, às 8 e
23h30 e nos domingos, às 4h30, 8h30 e 23h30.
Dirigido por Romeu Sergio
Meneghelo, do Instituto Dante Pazzanese e do Hospital Albert Einstein, e
apresentado por ele e pela professora Andréia Loures-Vale, do Socor de Minas
Gerais, ele começou modesto, na TV Comunitária, com o propósito de divulgar
mensagens de qualidade de vida e ensinamentos sobre a prevenção das doenças
cardíacas.
Aos
poucos, porém, o programa foi amadurecendo, deixou de ser artesanal, conquistou
um público cativo de interessados em saúde, cardíacos e "também um
certo número de hipocondríacos" afirma Meneghelo. Na sua análise, a TV
segmentada é um veículo econômico e eficiente, haja vista a grande quantidade
de e-mails que são recebidos.
Ao longo desses seis anos de
existência, o "De Coração" já fez entrevistas com a maioria dos
chamados "cardiologistas do século", e teve momentos de grande
sucesso com temas como anticoagulantes, incidência de doenças reumáticas e
métodos para abandonar o tabagismo.
Em seus 30 minutos, o programa
aborda não apenas temas da Cardiologia, desmistificando os modismos como o
famoso "suco de berinjela", mas assume uma abrangência
multidisciplinar, ao apresentar fisioterapeutas, nutricionistas, educadores
físicos e médicos de outras especialidades que não a Cardiologia.
A preparação do programa é
extremamente cansativa, segundo Meneghelo, e exige uma coordenação acurada. É
que, justamente para manter a produção barata, cada vez que a SBC ocupa o
estúdio são gravados sete programas de uma vez, trabalho que vai das 17 às 24
horas e que deve ser perfeito, pois não há pós-produção. E, é preciso
aproveitar a disponibilidade de médicos que, por vezes, estão passando
rapidamente por São Paulo e dispõem de apenas uma hora de tempo livre. Vale a
pena, porém, reconhece ele, embora de vez em quando fique constrangido quando
reconhecido na rua e procurado por fãs, como uma família inteira que o cercou
entusiasmada no aeroporto de Cumbica e fez tantas perguntas, que ele se sentiu
como se estivesse dando uma consulta coletiva ao ar livre.
Voltar
