Conselho de médico assaltado: "façam sempre um back-up"

De arma na mão, os assaltantes entraram na clínica cardiológica gritando: "cadê o cofre?" E para o ilustre médico pernambucano, que não quer ter o seu nome divulgado, "porque afinal os bandidos são decididos, perigosos, e tenho cinco filhos", esse foi o começo de um drama que cada vez atinge mais médicos.

No caso em pauta, a clínica funciona dentro de um grande hospital com sistema de segurança e vigilantes, mas isso não atrapalhou os bandidos, que não se incomodaram ou, de repente, nem perceberam que estavam sendo filmados, afirma o médico.

"Convencer os assaltantes de que não havia cofre algum, até que não foi difícil", diz o cardiologista, mas isso não impediu, entretanto, que ele, a recepcionista e os pacientes fossem trancados numa saletinha, enquanto os ladrões limpavam o consultório, levando celulares, "uma besteirinha de dinheiro que a gente tinha na carteira" e o pior, "o querido e saudoso" lap-top.

Como o assaltado anônimo não tinha back-up, uma boa parte de sua vida profissional se foi com o computador: a agenda, as anotações, as fichas, a relação de endereços eletrônicos, os e-mails por responder e principalmente as palestras e conferências realizadas nos últimos tempos.

O cardiologista pernambucano agora entende porque tantos colegas estão aderindo ao pen-drive, a minúscula memória eletrônica que lembra um chaveiro e que muitos já usam pendurado numa correntinha no pescoço, quando viajam. Chegando num hospital ou mesmo num hotel, basta plugar a pecinha e toda a memória do computador está acessível, sem o risco de carregar o lap-top, tornando-se vulnerável, ou de arrancar os cabelos, se ele é roubado no consultório.

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